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Publicado em 29/11/2016

Banco quer atrair novas empresas e diversificar atividades no segmento (Valor Econômico)

O BNDES tem interesse em dar mais musculatura para as empresas que fazem projetos de engenharia. O objetivo é reforçar o apoio do banco ao segmento, incluindo outras atividades prestadas por essas empresas, como na área de fiscalização. Os projetos de engenharia em suas diferentes fases (básica, detalhada, executiva) são importantes para se garantir a execução de obras de infraestrutura dentro do prazo e do custo.

Apesar disso, o banco, com alguma exceção, quase não apoiou diretamente até agora as exportações de projetos de engenharia uma vez que as empresas do setor – micro, pequenas e médias empresas – exportavam normalmente ligadas a grandes construtoras brasileiras que ganhavam obras no exterior.

Hoje as grandes empreiteiras, a maior parte delas envolvidas na Lava-Jato, enfrentam maiores dificuldades para ganhar projetos fora do Brasil contando com o apoio financeiro do banco, segundo avaliação de especialistas. Nesse contexto, o BNDES vê oportunidades para empresas de projetos de engenharia disputarem diretamente concorrências abertas por governos em terceiros países. Uma possibilidade é as empresas participarem de projetos de menor porte, como corredores de ônibus. Em 2014, último dado disponível, as empresas de projetos brasileiras exportaram US$ 200 milhões.

“Vemos a engenharia consultiva como uma oportunidade para o Brasil”, disse Leonardo Pereira, superintendente da área de exportação de serviços do BNDES. Hoje o banco realiza o seminário “Exportação e internacionalização de serviços de engenharia consultiva: oportunidade para o Brasil”, em parceria com a Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE). O banco considera o evento como o primeiro passo para entender melhor o setor e definir uma estratégia de apoio para as empresas de projetos do país.

Um projeto de engenharia costuma custar entre 0,5% e 6% do valor da obra. Até hoje o banco só financiou diretamente um projeto do setor, que foi a construção do túnel Água Negra, na província de San Juan, na Argentina. A projetista brasileira foi a Bureau de Projetos e Consultoria e o importador e devedor o governo da província.

Cristiano Prado, diretor-executivo da ABCE, disse que a entidade quer discutir o apoio do BNDES ao setor. Uma possibilidade é criar uma linha de apoio específica no banco para o segmento ou então enquadrar as empresas de projetos dentro das linhas existentes. Hoje o apoio do BNDES se dá via linha de pós-embarque, que financia a comercialização do bem a ser exportado.

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