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Publicado em 23/11/2018

Bancos querem ampliar consignado com garantia do FGTS em 2019 (Valor Econômico)

As taxas do consignado do setor privado devem cair mais na medida em que a nova linha com garantia de até 10% do saldo do FGTS e a totalidade da multa rescisória comece a ser disponibilizada pelos bancos. Os últimos entraves operacionais foram resolvidos pela Caixa Econômica Federal, que opera o fundo, no fim de outubro. Tanto que a instituição estatal oficializou o oferecimento da linha de crédito desde esse mesmo período.

Os demais quatro maiores bancos do país manifestaram interesse em oferecer a modalidade a partir de 2019. As instituições, no entanto, apontam questões relacionadas a custos como entraves para oferecer a linha.

O diretor de empréstimos, financiamentos e crédito imobiliário do Banco do Brasil, Marcos Coltri, afirma que a casa tem interesse na oferta da linha e está em conversações com a Caixa. O executivo ressalva, porém, que o custo operacional de integração com o sistema do FGTS ainda permanece elevado, o que faz o valor por transação ser entre cinco e dez vezes superior ao do consignado tradicional.

"Está muito caro, por enquanto. Nas conversas iniciais, o custo para fazer essa trava do FGTS alcançava R$ 10 por averbação, sendo que os principais convênios têm valores bem mais baixos, em média de R$ 1 a R$ 2 por transação", pondera o executivo do BB. Coltri lembra ainda que "a grande maioria dos empregados privados tem reserva pouco significativa dentro do saldo no FGTS, porque a base da força de trabalho tem renda entre dois e três salários mínimos".

O Itaú Unibanco também confirma ter planos de trabalhar com a linha de consignado com garantia do FGTS, mas não estabelece prazo para oferecer o produto. "O Itaú Unibanco está avaliando as adequações necessárias em seus sistemas para oferecer o produto, uma vez que há necessidades adicionais para a comercialização da linha", diz Wagner Sanches, diretor executivo.

Já o Bradesco iniciou uma operação piloto de consignado com FGTS. "Estamos em contato frequente com a Caixa para operacionalização do novo modelo apresentado", explica o diretor do departamento de empréstimos e financiamentos, Romero Gomes de Albuquerque.

O Santander já havia feito um programa piloto antes mesmo de a Caixa operacionalizar o processo, assim que o governo anunciou a medida. "Logo que saiu a legislação a gente já começou a testar mesmo sem os detalhes operacionais terem sido fixados pela Caixa", afirma Eduardo Jurcevic, superintendente-executivo de produtos de crédito à pessoa física. "Fomos o primeiro banco a operar para uma empresa dentro dessa modalidade."

De acordo com o executivo do Santander, foi feito "um piloto e já estendemos para mais três convênios e agora estamos credenciando mais empresas". Jurcevic explica que os novos programas estarão enquadrados dentro do processo estruturado pela Caixa de averbações e outros procedimentos. "Temos um pipeline importante nessa linha" para os próximos meses, acrescenta o superintendente.

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