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Publicado em
18/09/2018
Na comparação com agosto do ano passado, a alta da procura por crédito pelo consumidor foi de 2,5%. No acumulado do ano, a busca do consumidor cresceu 9,1% perante os primeiros oito meses do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a busca do consumidor por crédito exibiu crescimento em agosto impulsionada pela retração da inflação, passados os impactos transitórios da paralisação dos caminhoneiros, e pela recuperação recente, ainda que incipiente, do nível de emprego no país.
O crescimento da demanda dos consumidores por crédito em agosto ocorreu em todas as classes de renda. Para os que ganham até R$ 500, foi de 4,6%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, foi de 3,8%. Para a renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, foi de 3,6%.
Já os consumidores com renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000, foi de 3,8%. Para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, o avanço foi de 3,6% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, o crescimento na procura por crédito foi de 4,4%.
Na comparação contra o acumulado dos primeiros oito meses do ano passado, houve avanços da demanda por crédito em todas as regiões: no Centro-Oeste (15,6%); Nordeste (14,2%); Norte (10,4%); Sudeste (7,0%); e no Sul (6,2%).
InadimplênciaO cenário macroeconômico do país tem contribuído para o alto nível de endividamento dos brasileiros, somado à falta de controle das finanças pela população brasileira.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que dentre os principais vilões da inadimplência, os mais citados são a perda do emprego (37%), que chega a 38% nas classes C e D, a redução da renda (24%) e a falta de controle financeiro (12%). Foram entrevistados 609 consumidores.
O levantamento mostra também que seis em cada dez brasileiros inadimplentes (61%) têm pouco conhecimento sobre a própria renda, entre salários e outros rendimentos.
Um termômetro disso é que 45% reconhecem saber pouco ou quase nada sobre o valor das contas básicas que precisam pagar no fim do mês, mesmo que elas não estejam em atraso.
“A conjuntura econômica continua afetando o bolso da população, que sente dificuldades financeiras com a perda do emprego ou a redução da renda. Mas a atitude do próprio consumidor tem papel fundamental diante dessa situação preocupante de alta inadimplência. O brasileiro possui o mau hábito de `andar no escuro, ao não conhecer profundamente quanto gasta e quanto ganha”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota.