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Publicado em 08/11/2018

Mercadinhos ganham espaço e fazem frente a grandes redes (Exame)

Praticidade, agilidade e proxi­midade. Com essa trinca, os minimercados vêm ganhan­do espaço nas cidades brasileiras mesmo diante da concorrência das grandes redes. Nesses estabe­lecimentos, o proprietário costu­ma chamar os clientes pelo nome, avisa quando algum produto chega e pode até vender fiado. Somente no Estado de São Paulo, o número desses estabelecimentos – também conhecidos como mercadinhos de bairro – passou de 13,9 mil em 2014 para 22,6 mil em agosto de 2018. Um aumento de 62% em ape­nas quatro anos. Na Capital, atual­mente, são 5,2 mil minimercados.

“Um pequeno mercado tem mais agilidade e capacidade de adap­tação que as grandes redes, pois tem maior poder de decisão sobre seus rumos”, afirma o consultor do Sebrae-SP José Eduardo Car­rilho. Para ele, por estar mais pró­ximo das necessidades do cliente, o mercadinho é capaz de inovar e buscar soluções “personalizadas”. “As grandes redes são impessoais, tratam seus clientes em bloco, sem distinção. O pequeno mercado pode e deve fazer diferente”, diz.

Entre essas soluções, estão a aposta em um mix de produtos mais enxuto e voltado para o per­fil do público da região, assim como em investimento em tecno­logia para que o cliente posso ex­perimentar uma boa finalização da compra. “É fundamental que o cliente saia da loja com a sensação de que a visita foi agradável e sinta prazer em voltar. A agilidade, ra­pidez e eficiência são inerentes ao pequeno”, ressalta Carrilho.

Para quem está pensando em in­vestir no setor, uma regra é funda­mental: o sucesso de um mercadi­nho passa pela participação direta do proprietário no dia a dia. Isso porque um dos principais atrativos para os consumidores é a proximi­dade e o bom atendimento.

Acima do previsto

O empreendedor Renato Almei­da Santos abriu há pouco mais de dois meses um mercadinho em uma rua bastante movimentada do bairro de Sumarezinho, em São Paulo. Junto com a esposa, eles já eram proprietários de outro mer­cadinho no bairro do Limão. Mes­mo próximo a dois supermercados, o novo estabelecimento está fatu­rando até acima do previsto. “Es­tamos em um crescente. A nossa vantagem é que temos um contato mais direto com o cliente e as filas são menores que nos grandes su­permercados. A nossa prioridade é o atendimento”, afirma.

O local onde funciona o merca­dinho anteriormente era um hor­tifrúti, e está em um local próxi­mo a muitos prédios residenciais e por onde muitas pessoas passam a pé diariamente. “Trouxemos al­guns diferenciais, como vinhos e produtos importados. Uma coisa vai chamando a outra. Não dei­xamos a desejar em termos de produtos. Nosso preço é um pou­quinho maior (do que nos grandes mercados), mas a qualidade é me­lhor, as frutas e verduras são sele­cionadas”, observa Santos.

Essa não é a primeira experiên­cia dele à frente de um negócio. Antes, abriu uma loja de chinelos, que acabou fechando. Como os so­gros já atuavam na área, Santos e a esposa também decidiram inves­tir – uma decisão que vem se mos­trando acertada, segundo ele. “As mercadorias circulam mais, temos mais giro. Vejo que temos um po­tencial grande de crescimento e o faturamento tem mostrado isso”, diz o empreendedor.

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