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Publicado em 23/11/2018

Saraiva pedia desconto de 45% na dívida, mas credores recusaram (Valor Econômico)

A Saraiva, a maior rede de livrarias do país, tentou evitar a recuperação judicial, mas não conseguiu. Há pouco mais de suas semanas, conforme o Valor publicou, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) recusou a proposta de recuperação extrajudicial apresentada pela varejista, fechando esta alternativa à Saraiva.

“Negamos o pedido de recuperação extrajudicial da Saraiva. Preferimos ir direto para recuperação judicial porque isso vai acontecer e vamos perder tempo. É melhor a transparência de já saber quem são os credores e os prazos de pagamento”, disse ao Valor, em 7 de novembro, Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel. Desde então, a recuperação judicial da maior rede de livrarias do país tomou corpo.

Segundo o Valor apurou, então, a Saraiva estava pedindo um deságio de 45% na dívida, com prazo de pagamento de dez anos. A proposta, que foi rechaçada, incluía pagar parte da dívida em ações da Saraiva e parte em debêntures, que seriam resgatadas em 10 anos. Para conseguir aprovar o plano de recuperação extrajudicial na Justiça, a Saraiva precisaria do aval de 60% dos credores.

A Saraiva havia iniciado negociações para uma recuperação extrajudicial, no fim de outubro, com cerca de 500 fornecedores, em clima de grandes desconfiança. O presidente da varejista Jorge Saraiva Neto disse então ao Valor que estava “tentando oferecer o máximo possível”. Na primeira semana de novembro, a rede havia demitido 700 pessoas e informado fechamento de 20 lojas. Atualmente, a empresa possui 85 lojas.

Ontem, o clima entre as editoras, organizadas na Snel, e o comando da Saraiva havia melhorado. As editoras ouviram da varejista de que ela deverá pagar à vista pelos livros encomendados a partir de agora. As dívidas antigas entram no plano de recuperação judicial. Mas as editoras não gostaram da proposta que a Cultura apresentou, de pagar à vista apenas uma parte das novas encomendas.

A Cultura teve seu pedido de RJ aceito pela Justiça em 25 de outubro, com uma dívida total de R$ 285 milhões, incluindo débitos vencidos e a vencer. Desse total, R$ 180 milhões são passivos com fornecedores diretos como editoras de livros e R$ 105 milhões são débitos bancários, de aluguel e com outros fornecedores.

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