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Frase conhecida, ninguém poderia esperar pela catástrofe mundial da pandemia e seus nefastos efeitos em todas as áreas, em especial na economia e na nossa atividade.
Rememoremos os meses de março e abril, permeados de uma enorme insegurança e pelo temor de que as operações não fossem liquidadas e pior: como será o próximo mês?
Naqueles meses de grande angústia escrevi um breve texto, rememorando a função do crédito, reforçando que, historicamente, ele sempre foi extremamente necessário para a sociedade, e o setor seria, como de fato foi, essencial para a retomada das atividades.
Passados os primeiros 60 dias da crise, aprendemos a nos libertar das amarras impostas pelos cedentes, realizando as novas operações de acordo com a nossa regra de crédito, e não mais atendendo aos caprichos dos cedentes. Leia AQUI o referido texto sobre o tema.
Isso porque, naquele período, constatamos na pele os nefastos efeitos, por exemplo, mas não se exaurindo, das duplicatas comissárias e o cedente antecipando diretamente do sacado, demonstrando a degradação moral do nosso cedente.
Mas também escrevemos que a crise estava antecipando a qualificação do empresário do setor, forjado a ferro e fogo, enfrentando dificuldades das mais diversas naturezas.
Apontamos para as palavras de Charles Darwin, para quem, com grande e comprovado acerto já dizia que o sobrevivente não será o mais forte ou o mais inteligente, nas aquele que melhor se adapta à nova situação posta.
Novamente o setor se mostrou resiliente, aprendendo e crescendo na crise, e certamente encerramos o ano de 2020, senão maiores em recursos, mas certamente gigantes no conhecimento.
Para encerrar, e postar aqui os votos de um 2021 muito melhor, não podemos nos esquecer de que a crise nos obrigou a exercitar o que sempre repito, constantemente: conheça o seu cliente e o mercado do seu cliente.
Em alguma medida, conseguimos aplicar esta regra de ouro, explorando atividades essenciais e, nas não tão necessárias assim, conhecer as fragilidades e detalhes que, até então, não tínhamos sequer interesse.
Talvez tão ou mais importante que o capital para operar, o conhecimento adquirido na crise é eterno, e não nos será retirado por uma operação mal feita.
Use o conhecimento para que este 2021 seja completamente diferente mais produtivo e com melhores resultados!
Alexandre Fuchs das Neves é advogado e consultor jurídico do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.
(Publicado em 07/01/21)