A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO NA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

O conceito de empresa de pequeno porte no Brasil tem como principal marco legal a Lei nº 9.841/1999 (Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), criada com a finalidade de fortalecer as EPPs, inserindo-as no processo de desenvolvimento econômico e social do país.

Segundo o SEBRAE, as micro e pequenas empresas representam 99,1% dos negócios. E de acordo com a consultoria Empresômetro havia aproximadamente 20 milhões de empresas no Brasil, quase 70% delas (em torno de 13,5 milhões) pequenos empreendimentos.

Em razão da característica e simplicidade das empresas de pequeno porte, identificadas principalmente pela estrutura pouco desenvolvida e limitação de recursos, torna-se importante que elas estabeleçam condições que favoreçam o pensamento estratégico, de tal forma que venham a possuir bases para competir em um ambiente de mudanças rápidas.

Estudos realizados nesta área demonstram que as empresas de pequeno porte formulam estratégias de acordo com a sua percepção das reações do mercado, adaptando a ele os objetivos e a estrutura funcional.

O ambiente organizacional competitivo e dinâmico vem exigindo das empresas uma maior flexibilidade nos negócios, e a tendência é que a contabilidade gerencial continue evoluindo e se adaptando a essas transformações. Assim, oferece novas ferramentas não só de planejamento e controle, mas também promove de forma eficiente a melhor tomada de decisões por meio dos gestores.

Nesse sentido, vão surgindo novos artefatos da contabilidade gerencial, enquanto os tradicionais vão interagindo em conjunto com outros, a fim de aperfeiçoar o desempenho das organizações.

Dada à característica de simplicidade das pequenas empresas, torna-se importante para elas estabelecer condições que favoreçam o pensamento estratégico, construindo bases para competir em um ambiente de mudanças rápidas.

O mundo contemporâneo vem assistindo ao desenrolar de situações em que o ambiente empresarial se tornou mais turbulento e dinâmico, em termos de mercados, tecnologias, impactos ecológicos, mudanças políticas, econômicas, culturais, sociais etc. (Kruglianskas, 1996).

Além disso, a competição baseada na inovação derruba, a cada dia, barreiras tradicionais de comércio e investimento. É neste contexto que as empresas de pequeno porte competem, buscando, antes de tudo, assegurar sua sobrevivência. (Mytelka, 1999)

As pequenas empresas brasileiras têm dificuldades de alcançar esta meta, visto que apresentam baixo nível gerencial, gestão informal e escassez de recursos. Aliado a isso, teorias contemporâneas apostam na extinção de pequenas estruturas baseadas no crescimento forçado à escala.

Por todos esses aspectos, precisamos olhar mais atentamente para as empresas de pequeno porte, que ainda realizam a gestão de seus negócios de forma pouco profissional e técnica, quase sempre muito mais no feeling de seu empreendedor e gestor, e muito menos em técnicas de gestão na absorção de informações contábeis. Modificar sensivemente esse quadro evitará o grande número de mortes súbitas existentes neste segmento, que hoje ainda é muito relevante.

Marco Antonio Granado é empresário contábil, contador, palestrante, escritor de artigos empresariais e consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Bacharel em direito, pós-graduado em direito tributário e processo tributário e mestrando em contabilidade, controladoria e finanças na FIPECAFI, é consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.

(Publicado em 03/12/19)

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