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A crise sempre proporciona novas oportunidades ou, de qualquer sorte, a necessidade de adaptação e sobrevivência, lembrando a célebre frase de Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
Já comentamos, recentemente, o tema de abertura de novas empresas, e as oportunidades que se abrem para o setor, cabendo referir que, de acordo com dados do Serasa Experian, somente em janeiro de 2016 foram abertas 166.613 empresas.
Façamos a leitura dos dados:
a. 104.357 novas empresas no setor de serviços
b. 478.888 novas empresas no comércio
c. 13.998 novas empresas na indústria.
Seguindo na interpretação dos dados, do total acima referido contamos com 137.301 novas empresas sob o formato de MEI – Microempreendedor Individual.
Isso significa um mercado composto de:
a. Pessoas demitidas, que sem conseguir nova colocação no mercado de trabalho, buscaram uma alternativa no mercado empreendedor, com pouca ou nenhuma experiência empresarial.
b. Sócios ou parentes de sócios de empresas que, sufocadas pela carga tributária e juros bancários, além da crise, necessitaram optar por este novo modelo para a sua sobrevivência.
Novas empresas significam novas oportunidades de abertura de clientes, mas vale o alerta: não podemos nos deixar levar pelos números otimistas.
Com cautela, aproveitando esta leva, devemos observar bem e conhecer a origem desde possível novo cliente, fazendo o exercício da política do “conheça o seu cliente”.
Estamos falando de um desempregado que inicia uma atividade empresária ou de um empresário, redimensionando a sua atividade? Isso porque não bastam novas empresas, e sim empresas com longevidade.
Com atenção e cautela, poderemos aproveitar as oportunidades que a crise nos oferta.
Alexandre Fuchs das Neves é advogado e consultor jurídico do SINFAC-SP – Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo.