CONFUSÃO ENTRE O DINHEIRO DA EMPRESA E DOS SÓCIOS

É comum a confusão realizada pelos sócios entre as finanças da empresa e as suas próprias, misturando movimentos das contas-correntes das pessoas jurídica e física. Eis um grande erro.

Esta confusão se evidencia com maior ênfase na atividade do comércio, por existir um movimento frequente de dinheiro em espécie, sendo prático o acesso destes valores, com baixo nível de controle interno pela maioria das empresas.

Separar o dinheiro pessoal dos sócios e o da empresa pode ser determinante entre o sucesso e o fracasso de um empreendimento.

Existe um grande perigo quando há tal confusão financeira, a começar pela dificuldade de mensurar as variáveis financeiras do negócio, isto é, suas rentabilidade e lucratividade.

A forma correta de administrar o financeiro de sua empresa é manter as contas bancárias bem separadas, evitando ao máximo fazer movimentações distintas entre elas, com a pessoa jurídica pagando despesas da pessoa física e vice-versa.

O princípio contábil da entidade determina que pessoa jurídica e pessoa física sejam distintas, não podendo se misturar patrimonialmente, e, nesta situação, este princípio está sendo quebrado, não atendido.

Esta confusão se acentua quando a empresa possui mais de um sócio, e eles movimentam suas finanças conjuntamente com as da empresa.

Os sócios poderão definir, conforme determina a legislação em vigor, uma remuneração fixa mensal – pró-labore –, que se trata de um valor fixo pago aos sócios mensalmente, desde que trabalhem efetivamente na empresa, sendo de acordo com o valor de mercado.

A definição do valor do pró-labore norteia a gestão da empresa delimitando o montante de recursos aos sócios, que terão uma visão objetiva de suas contas pessoais mensalmente sem comprometer as atividades e lucro da empresa. Os recursos da empresa deverão ser utilizados para arcar com a sua operação.

Ou a distribuição de lucros, sendo ao final de cada período – a ser definido pelos sócios –, devendo calcular os lucros gerados pela empresa, situação determinante para se distribuir entre os sócios os lucros auferidos, caso realmente eles existam, baseando-se em regras previamente estabelecidas.

Para resolver esta confusão, devem ser implementados controles financeiros e separadas as contas da empresa e dos seus sócios.

A Ausência de controles financeiros é fatal para a gestão de uma empresa, tal qual é para a gestão das finanças pessoais.

Um dos grandes perigos à sobrevivência da empresa chama-se falta de planejamento.

Marco Antonio Granado, empresário contábil, contador, palestrante, escritor de artigos empresariais, consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Bacharel em contabilidade e direito, pós-graduado em direito tributário e processo tributário, mestrando em contabilidade, controladoria e finanças na FIPECAFI. É consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo), palestrante da ANFAC (Associação Nacional do Fomento Comercial) e membro da 5ª Seção Regional do IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil).

(Publicado em 29/09/20)

Video institucional

Cursos EAD

Fotos dos Eventos

Sobre o Sinfac-SP

O SINFAC-SP está localizado na
Rua Libero Badaró, 425 conj. 183, Centro, São Paulo, SP.
Atendemos de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.