DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - (DRE) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – Parte 1

Publicado em 16/11/2021

Por Marco Antonio Granado

É indispensável à todo gestor conhecer o comportamento econômico-financeiro de sua entidade, com este intuito elaboram-se mensalmente um conjunto de informações que apresentam pormenorizada informações exatas e confiáveis sobre suas atividades empresariais, refletindo como está sua saúde, bem como, realizando a prestação de contas destas atividades, chamamos este conjunto de informações de “Demonstrações Contábeis”.

As demonstrações contábeis obrigatórias, após a publicação da Lei 11.638/2007, concomitantemente com o Pronunciamento Contábil CPC 26 (R1) são:

a) (BP) Balanço Patrimonial;

b) (DRE) Demonstração do Resultado do Exercício;

c) (DRA) Demonstração dos Resultados Abrangentes;

d) (DMPL) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, inclui a (DLPA) Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados;

e) (DFC) Demonstração de Fluxo de Caixa;

f) (DVA) Demonstração de Valor Adicionado;

g) (NE) Notas Explicativas.

Em continuidade aos 7 artigos, que conterão comentários, orientações e esclarecimento sobre cada uma das “Demonstrações Contábeis” citadas acima, hoje nosso tema é:

b) (DRE) Demonstração do Resultado do Exercício:

A elaboração correta da DRE possibilita ter uma visão geral do resultado financeiro da empresa. É uma demonstração contábil que evidencia se as operações de uma entidade estão gerando um lucro ou prejuízo, considerando um determinado período de tempo. Geralmente é realizado anualmente, após o encerramento do ano-calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano, mas certamente, sua construção e avaliação mensal é aconselhável e imprescindível para algumas entidades e alguns segmentos específicos.

É de enorme importância para a gestão do negócio e sua administração, confrontando os dados das receitas e das despesas, mostrando o resultado líquido do seu negócio. É um documento importante para agentes externos interessados nas informações da entidade. Demonstra de forma resumida as operações realizadas pela entidade, onde são confrontadas as receitas, despesas, investimentos, custos e provisões apuradas. As principais informações contidas nesta demonstração são:

a) receita bruta das vendas e serviços prestados, incluindo as deduções das vendas, os abatimentos e impostos;

b) receita líquida das vendas e serviços, com o custo dos produtos e serviços comercializados, e o lucro bruto;

c) despesas com as vendas, as despesas financeiras (deduzidas das receitas), e as despesas operacionais, administrativas e gerais;

d) lucro ou prejuízo operacional, além de outras receitas e despesas;

e) resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para esse imposto;

f) valores relacionados às debêntures, aos funcionários, administradores e outros beneficiários, mesmo que na forma de instrumentos financeiros, às instituições, aos fundos de assistência ou à previdência de empregados – os quais não são classificados como despesas;

g) lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

A DRE não deve ser usada apenas para fins legais ou fiscais, e assim, para a gestão estratégica da entidade e para uma boa governança corporativa. Sendo nele, possível analisar minuciosamente os números gerados nas operações realizadas da entidade, apurando a eficiência das práticas adotadas pela pelos gestores, possibilitando assim ajustes quando necessários para o atingimento do sucesso empresarial. 

Estaremos no próximo artigo com a o tema:

c) (DRA) Demonstração dos Resultados Abrangentes.

Marco Antonio Granado, empresário contábil, contador, palestrante e escritor de artigos empresariais. Atua como consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Atua como docente na UNISESCON e no SINDCONT-SP. Atua como consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP e da ABRAFESC. É membro da 5ª Seção Regional do IBRACON. É bacharel em contabilidade e direito, com pós-graduação em direito tributário e processo tributário, mestre em contabilidade, controladoria e finanças.