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Margem de contribuição é a quantia em dinheiro que resulta da receita obtida através da venda de produtos, serviços e ou mercadorias após excluir desta o valor dos gastos variáveis, que são compostos por custos e despesas variáveis.
A quantia resultante da operação citada irá garantir a cobertura dos custos fixos e do lucro, após a empresa ter atingido o ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas (break-even-point).
Portanto, margem de contribuição é um tipo de lucro, chamado também de lucro bruto, cuja fórmula é:
MC = PV – CV
Sendo:
MC – Margem de Contribuição
PV – Preço de Venda
CV – Custo Variável do Produto
A margem de contribuição não é o lucro final, ou seja, o resultado final de uma operação. Mas esta informação, na tomada de decisão do gestor em uma negociação, é um instrumento de suma importância.
Exemplos:
Uma empresa obteve o seguinte resultado em um mês:
- Receita ................................. R$ 120 mil
- Custos variáveis ................... R$ 67 mil
- Custos fixos ......................... R$ 40 mil
- Resultado final (lucro) ......... R$ 13 mil
Com a diferença entre R$ 120 mil e R$ 67 mil, chegamos a R$ 53 mil (ou 56% de margem de contribuição), valor que sobrou para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
Com base nesses números, podemos deduzir que a empresa obteve lucro de 11% nos diversos negócios efetuados, e uma margem de contribuição de 56%.
Uma empresa pode ter diferentes tipos de negócios (serviços, revenda e venda), consequentemente com valores diferentes. Portanto, as margens de contribuição poderão ter uma grande variação.
Com certeza, seria interessante se a empresa conseguisse, para todos os negócios realizados, uma margem igual ou superior aos 56%, como citado no exemplo acima, mas sabemos que nem sempre isto é possível em razão de todas as varáveis envolvidas.
De outro lado, alguns negócios podem gerar margens de contribuição bem inferiores à desejada ou negativas, ocasionando prejuízo. Isso não quer dizer, de pronto, que devemos exclui-los, mas observar a evolução deste índice para gerenciar e tomar decisões sobre esta operação específica.
No mínimo, uma operação deve ajudar nos custos fixos, não esquecendo que a margem negativa deixa bem claro um prejuízo, ou seja, a empresa está pagando para realizar esta operação.
Se a margem de contribuição identifica o que realmente sobra para a empresa, podemos afirmar que muitos segmentos usam este cálculo para desenvolver promoções, como as companhias aéreas, que oferecem passagens a valores bem inferiores em determinados horários e voos.
Os gestores devem utilizar a margem de contribuição para tomar as decisões mais acertadas em suas empresas, para obter uma maior lucratividade, gerando benefícios a todos os envolvidos, mantendo o crescimento do negócio.
Marco Antonio Granado, empresário contábil, contador, palestrante, escritor de artigos empresariais, consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Bacharel em contabilidade e direito, pós-graduado em direito tributário e processo tributário, mestrando em contabilidade, controladoria e finanças na FIPECAFI. É consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo), palestrante da ANFAC (Associação Nacional do Fomento Comercial) e membro da 5ª Seção Regional do IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil).
(Publicado em 28/04/20)