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Publicado em 25/05/2017

Alta de cartões pré-pagos supera o do mercado e tende a triplicar até 2018 (DCI)

Os cartões pré-pagos corporativos crescem acima do mercado de plásticos de crédito e deve dobrar alta em 2017. Com a necessidade de minimizar riscos e gerenciar despesas, produto ganha aderência entre empresas e a expectativa é triplicar de tamanho até 2018.

Enquanto a média de crescimento entre as empresas do segmento de cartões pré-pagos em 2015 foi de 140% em relação a 2015 – e a expectativa é continuar acima de 100% em 2017 -, os últimos dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apontam que o mercado de plásticos subiu apenas 6,3% na mesma relação.

De acordo com o diretor de estratégia da Paypaxx, Fábio Murakami, a expectativa é que o produto corporativo chegue a quase o triplo de crescimento até 2018.

“O pré-pago apenas como método de pagamento ainda tem baixa penetração, mas a partir do momento em que você agrega valor, o produto salta de tamanho. Enquanto o mercado de cartões como um todo cresce 6%, os plásticos pré-pagos como benefício sobe 49% e o voltado para o público corporativo cresce 300%”, comenta Murakami.

Ele reforça que apesar do primeiro movimento do produto ter sido para pessoas físicas, as empresas tem mostrado maior força na adesão do plástico pré-pago. “O público que demanda esse produto está voltado para um universo muito maior do que simplesmente pagamentos, mas que adere gestão de despesas e implementação de novos negócios, movimentos que se intensificam em momentos de crise como o que vivemos”, afirma.

Nesse sentido, as empresas não apenas aderiram o plástico como uma forma de elaborar novas vendas, mas também para o gerenciamento e funcionalidade de gastos internos.

Para o CEO da Acesso, Paulo Kulikovsky, as empresas estão começando a usar o produto “como deveriam” e a aderência se dá tanto pelo maior controle em relação aos gastos como pelo ganho em relação às despesas e burocracias atuais.

“Todo o desembolso feito pelas empresas para o produto pré-pago tem um retorno em uma média de três meses, uma vez que ele oferece um ganho de 55% sobre o custo atual. Além disso, dispensa o uso de documentos e pode ter o valor limitado a uma certa quantia e direcionado para um gasto específico”, pondera Kulikovsky.

Adaptação do setor

Da mesma forma, a crescente digitalização dos meios de pagamento também tem movimentado o setor de cartões.

“A característica de vincular o uso do cartão pré-pago às novas tecnologias do setor, por exemplo, tem conseguido capturar o movimento do mercado em relação às demandas do público alvo. Inclusive porque também traz garantias e menos riscos”, comentou o superintendente comercial da Zuum, Rodrigo Alonso.

Ele reforça que o apelo da cultura digital também tem direcionado o produto para uma solução que seja “inclusiva”.

“Apesar de ser muito mais enraizado as transações de compra e saque pelo cartão pré-pago, adicionar um aplicativo como forma complementar aos serviços oferecidos, por exemplo também melhora a aderência e repassa a inclusão digital que a demanda tem exigido”, acrescenta Alonso.

Da outra ponta, a evolução tecnológica constante nos meios de pagamento também tem preocupado o mercado em relação às novas adaptações necessárias.

De acordo com o vice-presidente sênior da Adyen para a América Latina, Jean Christian Mies, a tendência é que as empresas cada vez mais percebam a necessidade digital, e “o caminho terá de ser a redução de custos e a otimização dos processo de forma mais transparente e segura”, afirma.

“É a forma como o varejista vai lidar com seus processos internos e, consequentemente, com seus consumidores”, avalia Mies e complementa que “é de se esperar”, entretanto, que a relevância da presença física do cartão passe a “decrescer com o passar tempo”, diz.

“O plástico, na verdade, é só um meio de efetuar uma transação, mas ele não depende do cartão físico em si, tanto que existem cartões de crédito e débito virtuais que funcionam da mesma maneira. A expectativa é que as empresas se adequem a esses processos e também às propostas da população conforme surjam não apenas as novas tecnologias”, avalia o executivo.

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