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Publicado em 05/03/2020

APÓS QUASE UM ANO, SEGMENTO DE ESC COMEÇA A ENTRAR EM PROCESSO DE DEPURAÇÃO

Praticamente um ano após entrar em vigor e com 625 estabelecimentos já abertos, o segmento da Empresa Simples de Crédito agora começa a entrar em uma fase de depuração, própria de qualquer novo mercado, embora a velocidade deste processo ainda esteja aquém daquela vista em outros setores.

A análise foi emitida pelo consultor jurídico do SINFAC-SP, Alexandre Fuchs das Neves, que coordenou, nos dias 19 e 20 de fevereiro, o curso intensivo “ESC – Empresa Simples de Crédito para Empreendedores – da Estruturação à Operação”.

“No começo, tudo era festa, todo mundo queria conhecer esta nova modalidade empresarial, mas hoje aqui, nesta plateia, o que se vê é o resultado de uma certa depuração já iniciada neste mercado”, comentou o advogado, salientando que os empreendedores passaram a buscar a estabilidade para a sua empresa.

“Antes, vinham aos treinamentos apenas para investigar e saber “que bicho é esse”. As perguntas já estão em outro nível, com questionamentos mais específicos e maior grau de complexidade, dando a entender que talvez tenhamos de subdividir este treinamento entre quem já possui uma ESC ou ainda está pensando em fazê-lo”, explicou.

Fuchs informou que os empreendedores mostraram ter muitas dúvidas sobre o tipo de cliente a ser prospectado e atendido, assim como resolver alguns problemas enfrentados atualmente, “como a falta de acesso, nos DETRANS, às baixas dos gravames de veículos dados em garantia nos negócios com as ESC, assunto que o SINFAC-SP, com a ajuda do SEBRAE, já está tratando em Brasília.

Melhores decisões

Coordenadora de produtos PJ da Boa Vista SCPC, Gabriela Peres da Silva focou sua palestra em explicar os aspectos do funcionamento e do impacto do score de crédito no mercado.

“Trata-se de um modelo de previsão de probabilidade de inadimplência que ajuda os clientes a tomar a melhor decisão a partir de informações que não estão explícitas no relatório, mas que podem ser usadas analiticamente”, afirmou.


Gabriela Peres da Silva

Nesta mesma linha, o treinamento também deixou claro que os empresários passaram a ser mais assertivos na hora de conquistar clientes.

“A ESC veio para atender a uma necessidade tanto do mercado que busca custo mais acessível, quanto dos investidores que desejam ganhos maiores”, argumentou a consultora Sueli Simoneli, sócia-fundadora da Sueli Simoneli Consultoria e Treinamento e especialista em treinamento na área comercial.


Sueli Simoneli

Contador e executivo de finanças e controladoria Cássio Birque detalhou os processos de crédito e tributação da ESC, reforçando que os empreendedores devem conhecer a relação entre o capital a ser investido e as taxas a serem praticadas, além do prazo médio para as operações.

“Dados como estes são essenciais para fazer projeções. Só assim será possível optar pelo melhor regime tributário – lucro presumido ou lucro real. Assim, todo ano será necessário rever este processo, porque cada caso tem vantagens e desvantagens”, complementou.


Cássio Birque

Para Daniela Mussolini Llorca Sanchez Andrei, diretora para assuntos regulatórios institucionais da Central de Recebíveis (CERC), as registradoras trouxeram mais segurança, confiabilidade e transparência para o mercado.

“Elas garantem que ativos negociados anteriormente não sejam novamente peça de outra operação”, enfatiza a executiva, que durante sua palestra esclareceu muitas dúvidas com relação ao funcionamento do sistema de registro e a eficácia do monitoramento perante terceiros. “As pessoas ainda têm dúvidas sobre a constituição de garantias, evidenciando que este mercado é promissor”, ressaltou.


Daniela Mussolini Llorca Sanchez Andrei

Software

A importância do software utilizado nas operações foi o mote da apresentação do empresário Ricardo Barros Mendes, da RBM Software, empresa parceira do SINFAC-SP.


Ricardo Barros Mendes

A palestra mostrou a operacionalidade da plataforma desenvolvida pela companhia mineira, oriunda do mercado financeiro e muito experiente no segmento de microcrédito, situação que facilitou a adaptação de seu produto à ESC.

O sistema da RBM atende operações de empréstimo, financiamento e desconto, sendo o único integrado às registradoras CERC e B3. “Possuímos aplicativos mobile para área/segmento”, salientou Mendes, que também dispõe de sistemas para fomento comercial, securitizadora e FIDC.

Muito além de SP

Sucesso de público e de crítica, o treinamento intensivo sobre ESC promovido pelo SINFAC-SP já atravessou o país, a exemplo da participação de empresários que voaram milhares de quilômetros para assistir aos dois dias de palestras.

Da longínqua Roraima, na Região Norte do país, compareceu o empresário Anderson Walber Gentil Campos, o diretor operacional e sócio da Boa Vista Investimentos, ESC recentemente aberta, que brevemente começará a operar. A intenção foi captar o máximo possível de informações sobre gestão e legislação.

“Voltaremos para o nosso estado mais seguros sobre esta modalidade, entendo melhor as questões legais, para não cometer erros comuns a quem está iniciando neste segmento, como se equivocar nos cálculos dos custos da operação”, exemplificou.

Da vizinha Guarulhos, Vera Lúcia de Paula Seminatori, diretora operacional e sócia das securitizadoras Duplicare e Triplicare, saiu do curso confiante de que o caminho a percorrer será menos tortuoso, a partir dos novos conhecimentos adquiridos.

“Tivemos um panorama geral do negócio, visualizando o modo correto de ser fazer uma análise de operação, o software a ser utilizado. A partir disso, vamos analisar a viabilidade de ser abrir uma ESC”, disse a executiva.

Havia também participantes de Brasília (DF), São Luis de Montes Belos (GO) e das paulistas Mogi das Cruzes, Campinas e Americana.

Fonte: Reperkut

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