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Publicado em
17/10/2017
A preocupação é com a possibilidade de o governo baixar uma medida provisória elevando linearmente as alíquotas. Para os demais setores da economia, isso apenas compensaria a redução na base de cálculo, mas para os serviços, que não pagam ICMS, haveria elevação real da carga tributária. Com exceção de telecomunicações e transportes, as empresas de serviços recolhem o ISS, ou seja, não têm benefício com a decisão do STF e temem ficar com o ônus.
Na semana passada, o Supremo publicou o acórdão de sua decisão. No entanto, o governo pretende recorrer, na tentativa de ao menos reduzir seus impactos. O prazo para a apresentação do recurso termina na quinta-feira e o governo considera que, enquanto ele não for apreciado, os contribuintes devem continuar recolhendo o tributo da forma antiga, com exceção daqueles que obtiveram liminar autorizando a mudança na base de cálculo.
A equipe econômica pretende, pelo menos, conseguir que a decisão do Supremo não seja retroativa, o que sujeitaria o governo federal a ter que devolver o imposto pago a mais pelos contribuintes nos últimos cinco anos.
Emerson Casali, consultor institucional de entidades do setor de serviços, considera que o ideal é que o governo não promovesse o aumento de alíquotas para compensar as perdas. Mas, se seguir por esse caminho, ele defende que não seja feito o ajuste linear que está sendo sugerido pela Receita Federal. “A situação está difícil, a economia ainda não se recuperou e um aumento de carga tributária pode prejudicar”, disse.