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Publicado em 29/10/2019

Autorizada a operar pelo BC, CRDC quer registrar ativos de cartões, agrícolas e de seguros

A central de registros CRDC , criada em 2015 pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), recebeu licença do Banco Central para atuar no registro de qualquer ativo financeiro autorizado pelo regulador, o que permitirá à empresa se conectar a outras registradoras do sistema.

“A partir do momento que somos autorizados a atuar na figura de infraestrutura do mercado financeiro, estaremos dentro do processo de interoperabilidade entre as registradoras do país, de forma a garantir a unicidade dos ativos no mercado”, disse Fernando Kalleder, CEO da CRDC , ao Valor.

A central vai concorrer diretamente com empresas como a B3 e a Cerc. Todas elas estão discutindo num grupo de trabalho os padrões de interoperabilidade de seus sistemas para todos os tipos de produtos do mercado, um projeto que deve estar em funcionamento até o fim do primeiro semestre de 2020.

Desde a criação, a CRDC vinha fazendo o registro apenas em seu sistema, com a verificação dos ativos que dão o lastro para operações de crédito. O grosso da operação da registradora era com as duplicatas, usadas pelas empresas brasileiras para a obtenção de crédito, porém suscetíveis a fraudes, algo que tem sido combatido a partir do registro único.

A CRDC atua também com notas promissórias e contratos de cessão de crédito, entre outros produtos, mas a empresa planeja avançar para recebíveis das “maquininhas” de cartões, contratos das empresas simples de crédito, títulos de crédito agrícola - criados no âmbito da “MP do Agro”, em discussão no Congresso, e para transações no mercado de seguros, cujo registro é alvo de consulta pública na Superintendência de Seguros Privados (Susep).

“O mercado de duplicatas é grande — estimamos que a produção anual seja superior a R$ 900 bilhões em crédito —, mas já planejamos ampliar nossa atuação a outros mercados, potencializando a possibilidade de crescimento da empresa”, diz Kalleder.

De acordo com o executivo, com o registro dos ativos que garantem operações de crédito, pequenas empresas têm acesso a dinheiro no mercado — hoje, 42% dos negócios na plataforma da registradora têm menos de dez funcionários. “Com a falta de visibilidade que se tem hoje, o juro acaba subindo na média, e os bons pagam pelos maus pagadores”, afirmou o executivo.

A ACSP detém 75% da CRDC , sendo que o restante das ações está nas mãos de executivos. Em quatro anos, a empresa alcançou mais de 300 mil empresas operando na plataforma, processando R$ 4,4 bilhões de operações de crédito por mês. Neste ano, a registradora deve processar R$ 50 bilhões em operações de crédito.

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