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Publicado em 26/09/2019

Banco Central aumenta projeção de crescimento do PIB para 0,9% em 2019 (O Globo)

O Banco Central (BC) revisou para cima a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, de 0,8% para 0,9%. Para 2020, o crescimento da economia é estimado em 1,8%, “com elevado grau de incerteza”, informou o BC nesta quinta-feira em seu Relatório Trimestral de Inflação.

O crescimento de 0,4% da economia no segundo trimestre, acima das expectativas, contribuiu para a revisão do Banco Central. A sinalização já havia sido dada na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira, quando o BC também projetou um leve crescimento para o terceiro trimestre de 2019.

Segundo o relatório, a economia deve acelerar no quarto trimestre sob o impulso das liberações de recursos do FGTS) e do PIS-PASEP, medida do governo Bolsonaro para estimular o consumo na reta final do ano.

Ainda assim, a autoridade monetária voltou a afirmar que a “a economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego”.

A despeito do aumento da projeção do BC, a expectativa é de desaceleração no ritmo de retomada da economia brasileira, já que, no ano passado, o PIB cresceu 1,1%. Ainda assim, a previsão do BC é maior que a atual mediana das expectativas do mercado financeiro. A última edição do Boletim Focus, pequisa feita pelo próprio BC com analistas dos bancos, estima que a economia brasileira vai crescer 0,87% em 2019.

Para o ano que vem, a projeção de 1,8% de crescimento da economia está condicionada ao que BC chama de "cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira", pressuposto que vem sendo seguidamente reiterado nas comunicações do Banco Central, em referência à reformas como a da Previdência, já aprovada na Câmara e em discussão no Senado.

Inflação

A autoridade monetária prevê ainda inflação abaixo de 4% para este ano e para o ano que vem. O documento mostra que a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 caiu de 3,6% para 3,3%. Para 2020, a projeção também é menor que a divulgada em junho, e saiu de 3,9% para 3,6%.

Esse cenário considera as projeções extraídas do Boletim Focus. Nele, a taxa Selic encerrará o ano em 5%, e o câmbio ficará em R$3,90 em relação ao dólar nesse mesmo período, permanecendo nesse patamar até o final de 2020. Para 2021 e 2022, nesse mesmo cenário, a instituição projeta inflação de 3,7% e 3,8%, respectivamente.

Já num cenário de taxa Selic a 6% ao ano, e de taxa de câmbio constante em R$4,05, as projeções para a inflação ficam em 3,4% para 2019 e em 3,6% para 2020.

O centro da meta de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância, para mais e para menos, varia de 2,75% a 5,75%. Assim, a sinalização é de que o indicador ficará abaixo do patamar traçado.

Atividade econômica

Para a agropecuária, o BC revisou sua projeção de crescimento para cima no ano que vem: ela foi de 1,1% para 1,8% em razão do aumento da estimativa de safra de produtos como milho e soja, que têm participação importante no total de riqueza gerada pelo segmento. Para a indústria, que já contava com uma previsão de crescimento bastante baixa em junho, a projeção foi reduzido novamente, de 0,2% para 0,1%, ainda sob o efeito da tragédia da Brumadinho no setor mineral.

No setor serviços, as estimativas de crescimento do BC se mantiveram em 1%. Elas estão majoritariamente baseadas na expansão do comércio, que deve absorver o impacto da liberação de recursos extraordinários do FGTS e do PIS-PASEP. Pelo mesmo motivo, o BC também prevê uma leva alta na demanda de consumo das famílias, que foi de 1,4% para 1,6%.

Já a aposta no investimento foi revisada para baixo: a projeção para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou de 2,9% para 2,6%. A estimativa para o consumo do governo também sofreu uma queda, e recuou de 0,3% para -0,3% em 2019.

Para 2020, as projeções do BC melhoram. A agropecuária deve avançar 2,6%, a indústria 2,2% e os serviços 1,4%. No caso da indústria, o salto na projeção se deve à expectativa de aumento na produção de petróleo e à recuperação do setor de minério de ferro.

Pelo lado da demanda, o ano que vem também pode assistir a uma melhora dos indicadores. Para a autoridade monetária, o consumo das famílias crescerá 2,2%, e o investimento deve avançar 2,9%. Já o governo, sob "cenário de retração fiscal", deve registrar uma leve expansão de 0,5% no seu nível de consumo.

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