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Publicado em 14/03/2017

Banco digital cresce e lança mais serviços (Valor Econômico)

Apesar de representarem uma massa ainda pouco expressiva, os bancos 100% digitais avançam aceleradamente e com grau de satisfação dos clientes maior do que a de seus pares físicos. O movimento, que teve início tímido há dois anos, começa a se estruturar com novos produtos e serviços. Muitos com custo zero aos participantes.

Nessa disputa, Intermedium e Original saíram na frente. Mas entrantes como Banco Neon e BTG Pactual Digital não param de crescer. Não há dados oficiais sobre quantas pessoas aderiram ao novo modelo, mas pesquisa da CVA Solutions e Integration com 5.545 pessoas mostra que os bancos virtuais (sem agências) têm tudo para ganhar espaço. E muito, já que seus clientes são os mais satisfeitos, seu índice de rejeição é de apenas 17%, os serviços bancários pela internet já são utilizados por mais de 70% dos bancarizados e 45% dos clientes de bancos tradicionais gostariam de mudar.

O estudo é feito desde 2006 e pela primeira vez os digitais apareceram. “Ao começarem as propagandas na mídia, os bancos digitais deram sinal de certa relevância. E as pessoas que participam do estudo começaram a citá-los”, afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions e Integration.

Ao avaliar a relação custo-benefício dos serviços e produtos dos bancos virtuais, os pesquisados deram avaliação de satisfação máxima para Original, Intermedium, Neon e Sofisa. Essas instituições também receberam o topo da pontuação positiva nos quesitos canais de atendimento e em integração – resolver os problemas sem ter que contatar diversos atendentes -, devido às facilidades da tecnologia e linguagem moderna.

O Intermedium, desde a sua criação, em 2015, mede constantemente a satisfação de seus clientes. Dos bancos virtuais é o único que tem tarifa zero no pacote completo de transações financeiras, que inclui abertura de conta, transferências via TED ou DOC, saque no caixa 24 horas e anuidade nos cartões de débito e crédito. “Ser digital é usar os avanços tecnológicos para ter relação aberta e poder entregar para os clientes experiências diferentes. Com isso, dá para reduzir a matriz de custo e devolver isso em forma de benefício”, afirma João Vitor Menin, presidente do Intermedium, que possui 120 mil correntistas digitais, quer chegar a 350 mil até dezembro e a um milhão ao final de 2018.

O Intermedium, que tem sob gestão patrimônio líquido de R$ 4,8 bilhões em investimentos e volume de crédito de R$ 3,5 bilhões, vai lançar no primeiro semestre a conta digital para pessoa jurídica com mesmo pacote de gratuidade.

Novato do mercado, o BTG Pactual Digital entrou em operação em dezembro com plataforma exclusiva para investimentos e vinha estudando o modelo desde os anos 90. Mas adiaram o projeto. “No Brasil várias plataformas foram lançadas e ficaram pelo caminho, porque o investidor ainda não estava preparado”, considera Marcelo Flora, sócio responsável pelo BTG Pactual Digital. O banco é considerado uma startup dentro do banco de investimentos tradicional, voltado para o varejo de alta renda no Brasil.

Com um cardápio que vai de fundos de investimentos, de previdência e renda fixa (LCA, LCI e outros), a arquitetura de investimentos é aberta, com produtos também de outros bancos. “O diferencial é que o cliente de varejo vai pagar menos tarifas, com taxas semelhantes às do wealth management, apesar do aporte menor”, diz Flora. A meta é atingir 300 mil pessoas e R$ 65 bilhões em patrimônio líquido entre três a quatro anos. Uma das novidades previstas para este ano será o lançamento da plataforma de home broker para comprar ações e títulos do Tesouro Direto.

O Banco Original, da empresa J&F, nasceu há um ano e admite que o surgimento dos bancos digitais incomodou os tradicionais. “Os entrantes trazem proposta de valor ajustada aos tempos atuais. O que faz com que os bancos tradicionais se mexam”, afirma Marcos Lacerda, diretor de comunicação e marketing do Original, que cobra por pacote ilimitado de transações de conta corrente como TED, DOC e saques R$ 9,90 por mês. “Vivemos numa era onde se tornou inevitável comparar serviços.

O Banco Neon, que entrou no mercado em julho do ano passado, diz que o jovem que está no Facebook quer fazer uma transferência bancária sem ter que sair da rede social, nem ter que preencher todos os dados da pessoa que receberá o depósito. “Hoje, dá para fazer isso identificando somente o nome da pessoa. Até mesmo por comando de voz”, garante Pedro Conrade, CEO da Neon, que, ao final de 2016, já possuía uma base com 60 mil clientes.

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