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Publicado em 24/04/2018

Bancos reforçam oferta de crédito para empreendedor (Valor Econômico)

Os grandes bancos estão otimistas com o setor de franquias neste ano. Depois de crescer 8% em 2017, o franchising tende a trilhar uma trajetória positiva em linha com a recuperação da economia, preveem executivos das instituições financeiras. De olho nesse potencial, os bancos reforçaram as equipes dedicadas ao atendimento às redes e aos franqueados, assim como desenharam novas modalidades de financiamento para empreendedores.

Em janeiro, o Bradesco lançou uma linha de crédito de R$ 300 milhões direcionada tanto a franqueados que desejam abrir uma nova unidade, quanto para quem está disposto a comprar uma franquia. Com prazo de até 60 meses para pagamento e carência de 12 meses, o banco financia até 90% do valor do projeto.

A taxa de juros varia conforme o relacionamento do cliente com a instituição e a garantia apresentada, que pode ser desde recebíveis até imóveis. “Os produtos que os franqueados mais demandam é crédito”, constata Hynde Fonseca Neto, gerente departamental de franquias do Bradesco, cuja carteira de crédito para franquias mais que dobrou (alta de 131%) no ano passado em relação a 2016.

Além da nova opção, o segundo maior banco privado do país oferece financiamentos também por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Nessa operação, o Sebrae se torna avalista dos pequenos negócios junto à instituição financeira parceira. A modalidade – também oferecida por Banco do Brasil e Santander – serve para capital de giro ou investimento. Com atuação no setor de franquias desde 2009, o Bradesco conta com uma equipe de nove profissionais especializados no franchising, além de quatro especialistas em crédito para o setor. O banco fechou o ano passado com 403 marcas conveniadas e, atualmente, tem mais de 20 mil unidades franqueadas correntistas.

Disposto a abocanhar uma fatia maior desse mercado, o Santander ampliou, no ano passado, o time de especialistas no setor de franquias para dez pessoas. Desde que a equipe foi montada, em 2015, o banco espanhol tem ganhado cada vez mais participação no segmento. Hoje, 320 marcas são conveniadas à instituição, ante 85 redes em 2016, quando o banco havia anunciado R$ 1 bilhão em linhas de crédito ao segmento.

Com mais de 30 mil franqueados correntistas, o Santander avalia 2017 como um ano melhor do que 2016 na demanda por crédito, favorecido principalmente pela resistência do franchising à crise. “Para 2018, temos a volta da confiança do empresário e o custo para investir está menor porque a Selic tem caído. Crédito é uma grande alavanca para as franquias”, afirma Alexandre Teixeira, superintendente executivo do segmento negócios e empresas do Santander.

Entre as principais opções disponíveis no banco estão uma linha de capital de giro com a garantia complementar do Fampe – com taxa de juros a partir de 1,80% ao mês – e uma modalidade de giro com prazo de até 60 meses e carência de seis meses, e juros a partir de 1,29% mensais. Há, ainda, antecipação de recebíveis, desconto de duplicatas e conta garantida.

O BB também quer explorar esse filão e, para isso, traçou em junho de 2017 uma nova estratégia de atuação no setor. Com 66 marcas conveniadas e 3.773 franqueadas correntistas, o BB mantém agências exclusivas para atendimento de micro e pequenas empresas (MPE). São 162 unidades espalhadas por todo o país, em que há gerentes dedicados às redes de franquias conveniadas. “Temos também uma central de atendimento, via telefone em horário estendido (das 8h às 18h), com gerentes especializados no segmento de franquias”, explica Adriano Meira Ricci, diretor de micro e pequenas empresas do BB.

Até o fim do ano passado, a instituição notou uma procura mais forte por linhas de capital de giro para sustentar a queda nas vendas de empreendedores. A carteira de crédito dos correntistas atendidos no BB Franquia cresceu 3,6% no segundo semestre de 2017. Na prateleira do banco, as soluções mais procuradas são as linhas de capital de giro, antecipação de recebíveis e o financiamento a investimentos por meio do Proger Urbano Empresarial, empréstimo oferecido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do governo federal.

Com uma base de 15 franqueadores conveniados e 6.086 unidades franqueadas como correntistas, a Caixa Econômica Federal dispõe de linhas que financiam no máximo 60% do projeto, com prazo de até 48 meses e seis meses de carência. “A expectativa é muito boa para o segmento neste ano”, projeta Gustavo Knupfer Coutinho, gerente nacional de estratégia do corporativo da Caixa.

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