FECHAR
FECHAR
Imprimir
Publicado em
22/02/2018
Mas isso está com os dias contados. O Banco Central está avaliando, após sugestão da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), criar um parcelamento com juros. Seria a volta de uma espécie de crediário nas compras do brasileiro.
Na outra ponta, entidades ligadas ao comércio, como a Fecomércio e a Abrasel, que inclui bares e restaurantes, condenam a iniciativa por considerar que trará prejuízos ao setor.
Essas entidades argumentam que o parcelamento sem juros é um avanço ao consumidor brasileiro, para os lojistas e para a economia, já que as vendas parceladas representam mais de 50% das vendas com cartão, o que totaliza R$ 400 bilhões por ano, ou 7% de todo o PIB brasileiro.
Economistas acreditam que, se for adotada a sugestão de parcelamento com juros, a economia brasileira corre o risco de esfriar, inibindo até mesmo os efeitos das medidas tomadas pelo governo em 2016, quando incentivou os lojistas a darem desconto nas compras à vista, justamente para beneficiar o consumidor que não parcelar, sem encarecer os juros.
Para os lojistas, os únicos beneficiados com isso seriam os bancos. Eles ainda alertam que, se for criada a modalidade de parcelamento com juros, os bancos farão pressão para evitar o parcelamento sem juros, alterando regras e aumentando as taxas de intercâmbio dos cartões dos lojistas que parcelam sem juros, encarecendo essa modalidade.
Outro reflexo seria o aumento do uso do papel moeda e a volta do cheque pré-datado, um retrocesso para o país, por causa dos riscos.