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Publicado em 22/10/2020

BizCapital: fintech de crédito para PMEs recebe aporte de R$ 20 milhões (Exame)

A fintech brasileira BizCapital, de empréstimos online para micro e pequenas empresas, acaba de receber um novo aporte milionário em 2020. A empresa anunciou com exclusividade para a EXAME que captou 20 milhões de reais em rodada liderada pela investidora holandesa Oikocredit com participação do grupo Wharton Alumni Angels.

O cheque é complementar a sua rodada série B, finalizada em junho. Na época, a companhia levantou 65 milhões de reais em um aporte liderado pelo DEG, braço de investimento internacional do banco de desenvolvimento alemão KfW. O MELI Fund, fundo da varejista Mercado Livre, também participou da rodada.

A Oikocredit, que é especializada em investir em negócios de impacto social, se aproximou da fintech devido ao seu trabalho para facilitar o crédito a pequenos empreendedores no Brasil. A startup oferece uma linha de até 200.000 reais para micro e pequenas empresas. De 2016 até agora, já fez 10.000 empréstimos.

A pandemia escancarou o problema de crédito das micro e pequenas empresas brasileiras. Estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que elas precisam de cerca de 200 bilhões de reais para capital de giro. Apesar disso, durante a pandemia, apenas 31% das MPEs que buscaram crédito conseguiram o dinheiro no mercado.

Novos produtos: conta PJ

Segundo Francisco Ferreira, cofundador e presidente da startup, a nova captação terá o mesmo destino da anterior: contratar novas pessoas, desenvolver mais produtos e investir em marketing. “Estamos trabalhando forte em novos lançamentos. De junho a outubro, nosso time passou de 60 para 100 pessoas e deve fechar o ano em 120”, diz o empreendedor.

Até o final do ano, a empresa espera expandir sua lista de produtos oferecidos aos pequenos empreendedores. Em novembro, o plano é lançar uma conta pessoa jurídica para os clientes, diminuindo o tempo para o crédito dos empréstimos concedidos. Além disso, a fintech promete oferecer serviços como transações financeiras e pagamentos de contas de forma gratuita, tudo integrado ao Pix.

Nos meses seguintes, a BizCapital quer colocar no ar um serviço de crédito que usa os recebíveis futuros das pequenas empresas como garantia. “Com isso, conseguiremos oferecer taxas mais atraentes para os clientes”, diz Ferreira.

Também está nos planos da fintech buscar formas expandir a sua oferta crédito para além do seu FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios). Para isso, a empresa disputa um edital do BNDES e conversa com investidores internacionais de dívidas e com bancos brasileiros. “Queremos diversificar nossas fontes de financiamento”, afirma Ferreira.
História da fintech

A BizCapital foi fundada em 2016 pelos empreendedores Cristiano Rocha, Daniel Orlean e Francisco Ferreira. Os sócios se conheceram na faculdade nos anos 1990 e empreenderam juntos na startup de educação Affero Lab, vendida em 2015 para o grupo de mídia alemão Bertelsmann.

Pensando em novos projetos após a venda da empresa de treinamentos, eles decidiram estudar o mercado de fintechs. “Começamos a pesquisar bastante sobre o tema e olhamos para fora do Brasil. No universo de empréstimo online, especialmente para pequenas empresas, vimos casos de sucesso como a Kabbage, que faz o processo de maneira muito automatizada e leva segundos para aprovar o crédito, e Credibly, que usa bancos de dados alternativos para avaliar as empresas”, contou Ferreira anteriormente à EXAME.

A BizCapital nasceu, então, com a proposta de reduzir ao máximo o prazo que o micro e pequeno empresário brasileiro leva para conseguir empréstimos empresariais. Enquanto uma grande instituição financeira demora cerca de 30 dias para aprovar o crédito, o sócio afirma que a BizCapital consegue fazê-lo em até cinco dias. A startup atende empresas que faturam até 5 milhões de reais no ano.

Para pedir um empréstimo, o empreendedor acessa o site e preenche um formulário com as informações mais básicas. O grande diferencial é que a startup é capaz de analisar e ranquear pedidos de crédito em poucos segundos por se integrar a bancos de dados alternativos. São mais de mil fontes de variáveis possíveis e disponíveis online, como perfis em redes sociais.

Antes da sua série B, a empresa já havia recebido cerca de 35 milhões de reais em investimentos. Em janeiro de 2018, fundos como Monashees, Chromo Invest e 42K Investimentos aportaram 15 milhões de reais na empresa. No mesmo ano, em setembro, o fundo americano Quona Capital, especializado em startups financeiras de países emergentes, investiu mais 20 milhões de reais.

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