BOA GESTÃO FINANCEIRA REQUER A ANÁLISE DE RESULTADOS

O volume de negócios, em si, não é sinônimo de sucesso, mas sim a margem de lucro que se tem em função dele. A frase é de Carlos Augusto Damasceno, que ministrou no último dia 25, na sede do Sindicato, o curso “Gestão Financeira Focada nas Empresas do Setor”.

Segundo ele, gerir financeiramente uma factoring inclui práticas como saber se a empresa está ou não dando resultado, até que ponto ela pode trabalhar com o fator para cima ou para baixo e quanto representam os custos clássicos, dentre eles o operacional e os decorrentes de impostos e inadimplência.

“É fundamental entender como tudo isso funciona e, a partir daí, criar modelos de análise das carteiras, dos cedentes e, mais do que isso, poder projetar se o negócio vai crescer numa linha de tempo e se alguma coisa precisa ser modificada para que essa evolução aconteça”, explicou o professor.

No entanto, segundo Damasceno, normalmente o que se verifica é uma situação bem diferente. “O empresário e o operador vão operando, querem volume, mas muitas vezes não param para avaliar se aquelas operações estão efetivamente trazendo resultados”, disse.

Outra armadilha frequente, de acordo com o especialista, “é a criação de um buraco na outra ponta”, ou seja, utilizar o banco como parceiro e acabar gerando custos que amanhã ou depois serão muito caros.

“A mudança dessas posturas no mercado passa por atitudes como essa que o SINFAC-SP teve, ao montar um evento específico sobre o tema e trazer o empresariado para receber conhecimento e se conscientizar da necessidade de sempre avaliar o seu negócio”, concluiu.

Valeu a pena

Ivanildes Menezes, sócia há dez anos da Horus Cred Fomento Mercantil, de Araraquara, está entrando agora na gestão efetiva do seu negócio. “Vim ao Sindicato para começar a aprender, gostei muito, porque eu quero logo operar”.

“Por eu ser iniciante dentro da minha empresa, pensei que fosse ficar meio perdida, mas consegui absorver muita informação”, anima-se a empresária, que afirma ter se associado ao SINFAC-SP por considerar essa providência fundamental à obtenção do apoio necessário para o início de suas atividades.

Para Mateus Junqueira Neto, sócio da paulistana Maia Factoring, também valeu a pena participar. “Foi muito bom, em função do conteúdo e da didática do ministrante, que além de conhecer bastante do assunto é espirituoso, tornando o curso bem mais leve”, disse ele.

“Às vezes a gente pensa que sabe tudo, mas sempre acaba aprendendo. Com 20 anos de factoring, escutei aqui hoje coisas que nunca tinha ouvido”, acrescentou. Chamou sua atenção, em especial, a parte relacionada com a apuração de resultados nas operações. “Se você não der importância aos fatores inadimplência e custos, por exemplo, pode chegar ao ponto de apenas empatar, sem ter lucro”, argumentou.

Fonte: Reperkut