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Publicado em 28/09/2017

BOA VISTA SCPC DEBATE O CADASTRO POSITIVO

Birô de crédito parceiro do SINFAC-SP, a Boa Vista SCPC promoveu, na última semana, um concorrido encontro com especialistas de diversas partes do mundo para debater o Cadastro Positivo e os seus impactos econômicos e sociais, inclusive nos países em desenvolvimento onde já é uma realidade.

A Boa Vista SCPC defende que, com o Cadastro Positivo valendo efetivamente já nos próximos anos, o número de pessoas e empresas inclusas com histórico de pagamento positivo salte dos atuais 5,5 milhões para mais de 120 milhões. Essa ferramenta também ampliará o acesso ao crédito, beneficiando os consumidores e o mercado.

A economista Cláudia Viegas, da LCA Consultores, divulgou as estimativas de impactos sobre o PIB brasileiro decorrente de uma redução permanente de custo de crédito em virtude do Cadastro Positivo e a urgência para essa mudança a fim de ganharmos produtividade.

Oscar Madeddu, consultor de gestão de risco e de birôs de crédito da IFC (Internacional Finance Corporation), instituição multilateral do Banco Mundial, apresentou dados acerca da importância dos birôs de crédito em diferentes países do mundo com casos reais, como Equador, Austrália, Egito, Índia.

No Egito, por exemplo, o número de empréstimos cresceu 164% em 8 anos enquanto a inadimplência caiu 62%. Na Índia, o report de dados positivos e negativos reduziu o nível de declarações falsas de instituições financeiras de 92% para 7%.

Segundo ele, com o Cadastro Positivo se torna possível ampliar o acesso ao crédito a muitas pessoas que estão à margem, por não terem histórico creditício ou pontuação (score) suficiente; reduzir sobremaneira a inadimplência e evitar o superendividamento dos consumidores.

“O Brasil está fora da realidade do uso de informações (positivas) na análise de crédito, já implantada em economias menos desenvolvidas, como Burundi, Afeganistão e Arábia Saudita. Nós devemos sair do século passado, do modelo que se baseia apenas na análise de informações negativas, para olhar a informação como um todo. Positivos ou negativos, os dados estão cada vez mais completos e ao mesmo tempo dinâmicos, e por isso precisamos acompanhar este novo cenário”, enfatizou Madeddu.

Representante do Banco Central, João André Pereira analisou pontos econômicos acerca do tema, explicando que um dos motivos de o spread no Brasil ser tão elevado se deve ao fato de os credores não conhecerem, com mais propriedade, as informações dos tomadores de crédito.

Ele disse ainda que para reduzir o spread, a solução está no compartilhamento das informações creditícias, porque tem como consequência a redução de inadimplência. João André recordou a agenda microeconômica do governo, anunciada no final de 2016, que incluiu na pauta o Cadastro Positivo e a migração do modelo opt-in, no qual o tomador autoriza a sua inclusão, para o opt-out, em que a mesma é feita automaticamente. Porém, a Medida Provisória está pendente em Brasília.

De acordo com o diretor da Equifax no Uruguai, César Calomino, a efetiva implantação do Cadastro Positivo depende principalmente do entendimento dos consumidores quanto às suas vantagens. O que pode ser feito também por meio de um canal que esclareça dúvidas e informe as minúcias do tema. Para ele, é fundamental que todos os atores econômicos compreendam a relevância e disseminem esse entendimento, já que todos ganharão.

Calomino enfatizou ainda a seriedade da análise completa dos dados, que compreende não só informações positivas e negativas, mas o seu conjunto. Para os empresários, este novo método de análise contribuirá significativamente para o crescimento dos negócios, com benefícios que serão imediatos, como a expansão do crédito e a redução da inadimplência.

Fonte: Boa Vista SCPC

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