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Publicado em 31/10/2017

Botão de pagamento promete agilizar as transações (Valor Econômico)

Quer pedir uma pizza? Ao invés de consultar o telefone da pizzaria no imã de geladeira, basta apertar o próprio imã e esperar a campainha tocar: a pizza chegará logo e o pagamento já estará concluído sem que seja necessário ter em mãos dinheiro ou cartão.

Não se trata de uma cena de ficção. Embora a tecnologia ainda não esteja disponível no Brasil, não vai tardar a chegar. “No início do ano que vem devemos lançar nossos primeiros botões de pagamento, uma grande inovação dentro da área de internet das coisas”, diz Diego Feldberg, diretor de produtos digitais e inovação da adquirente Cielo.

Desde o ano passado, a Cielo e a Braspag, empresa do grupo focada no desenvolvimento de soluções para processamento de pagamentos, têm realizado testes com botões conectados, que permitem que pedidos sejam feitos a partir de qualquer objeto. A tecnologia possibilita que o consumidor programe o botão para comprar determinado produto, deixando já configurada a quantidade por meio de um cadastro em que também constarão dados pessoais e do cartão de crédito, armazenados de forma criptografada.

O sofisticado investimento é justificado pelo crescimento do comércio eletrônico. “O e-commerce é uma das nossas prioridades. Segundo o nosso Índice Cielo do Varejo Ampliado, nos últimos cinco anos houve um crescimento de 10% do varejo em geral enquanto no comércio eletrônico esse índice ficou em 25%”, diz Renata Greco, vice-presidente comercial de grandes contas da Cielo. “Da mesma forma, o tíquete médio de compras no e-commerce equivale a quase o dobro do varejo tradicional”, ressalta.

A adquirente Getnet é outra empresa que fez investimentos importantes em tecnologia este ano. “Ao longo de 2017 investimos mais de R$ 100 milhões em tecnologia e em um novo datacenter em Campinas, único a receber a classificação Tier IV na América Latina”, diz Pedro Coutinho, CEO da Getnet.

A classificação, segundo ele, garante um nível de infraestrutura e segurança máximo e único na região. O datacenter atenderá tanto os clientes do mundo físico quanto do universo virtual. “Como o cliente hoje em dia é multicanal, ou seja, pode iniciar uma decisão de compra no mundo físico e terminar no virtual ou vice-versa, nossas soluções têm que acompanhar consumidores em toda a sua jornada”, destaca.

Bandeiras como a Visa também têm investido em soluções para tornar os pagamentos mais rápidos e simplificados no comércio eletrônico. Há um ano e meio a empresa lançou o Visa Checkout, que hoje já tem mais de 15 mil estabelecimentos virtuais e 20 milhões de contas cadastradas. Esse sistema permite que o cliente faça um cadastro na Visa e receba um login e senha: com esses dados ele pode efetuar seu pagamento em qualquer site que aceite Visa Checkout, sem necessidade de digitar a cada vez informações como endereço de cobrança e número do cartão. “Isso melhora a experiência do usuário e incentiva que ele efetivamente conclua a compra”, diz Rafael Litieri, diretor de soluções para o varejo da Visa.

No mesmo caminho, a empresa de tecnologia Adyen anunciou há poucos dias parceria com o Google para oferecer às lojas on-line a possibilidade de que seus clientes façam pagamento por meio do sistema Pagar com Google. O consumidor faz um cadastro no Google com todas as suas informações de endereço e cartão de crédito e, quando quiser realizar a compra, basta apertar o botão Pagar com Google. Segundo o vice-presidente da Adyen para a América Latina, Jean Mies, a opção já está disponível em parceiros comerciais como o aplicativo iFood, a plataforma Peixe Urbano e Magazine Luiza. Segundo ele, em breve a ferramenta atenderá também os compradores da plataforma Netshoes.

Além de tornar os pagamentos mais simplificados, as empresas de meios de pagamento também estão procurando melhorar as ferramentas específicas para smartphones. Vale lembrar que a pesquisa mais recente da Ebit apontou que as vendas via celular e tablet evoluíram 56,2% no primeiro semestre deste ano, enquanto o e-commerce como um todo registrou aumento de 7,5%. “Estamos nos dedicando a melhorar a performance de nossas ferramentas de checkout em aplicativos com tecnologia IOS e Android para atender as transações feitas por celular”, diz Túlio Oliveira, diretor do Mercado Pago no Brasil.

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