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Publicado em 30/03/2017

Cadastro positivo pode reduzir spread (DCI)

A ampliação do Cadastro Positivo é um dos focos do Banco Central (BC) para retomar o equilíbrio na economia. Como expectativa, o diretor regulador da autoridade, Otávio Ribeiro Damaso, vê a consolidação do serviço como forma de baixar o spread bancário.

A proposta da ferramenta é apresentar o histórico de compromissos e hábitos de pagamentos de consumidores e empresas, aumentando o rigor na avaliação de risco.

“Isso possibilita uma redução na assimetria da informação. E isso vai para além do mercado financeiro, está também no dia-a-dia de cada um [brasileiro]”, afirmou o diretor do BC ontem, em evento promovido pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

Segundo Vander Nagata, vice-presidente da Serasa Experian, a perspectiva de redução do spread com a aplicação mais efetiva do Cadastro Positivo é de 4,05 pontos percentuais, o que deve impactar diretamente no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em 0,54 ponto. “A influência é enorme no crescimento do PIB. Teremos um círculo virtuoso da movimentação da economia, o que traz um crédito mais ajustado”, explicou.

Nagata ressaltou ainda a mudança de postura que o serviço pode causar nos clientes.

“O Cadastro Positivo faz com que as pessoas tenham uma mudança cultural. Com mais dados, os consumidores terão oportunidade de se demonstrar preocupados e cuidadosos com as próprias finanças e dívidas”, apontou.

Com uma possível redução do spread e, desta forma, o surgimento de um “crédito de mais qualidade”, Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), comenta que a ferramenta também pode ter influenciar na taxa de juros bancários.

“A ampliação desse serviço pode ter um impacto positivo na taxa de juros, em consequência da redução do spread, no médio a longo prazo”, avaliou o especialista.

Mudança na adesão

Um dos problemas que o Banco Central e as empresas que administram o serviço esbarram é a baixa adesão dos clientes, principalmente por conta da burocracia existente para se efetuar um Cadastro Positivo.

“Hoje o serviço é feito através do formato opt-in, no qual o consumidor tem que ir atrás se tiver interesse no Cadastro Positivo. Pretendemos alterá-lo para opt-out, no qual todos são registrados no Cadastro Positivo, e quem não quiser pode solicitar sua saída”, completou Damaso, do Banco Central.

Gabriel Proiete

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