Porém, a entidade informou que essa retração no ano passado foi menor do que as registradas em 2016, de 2,2%, e em 2015, de 1,9%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a diminuição da demanda empresarial por crédito no ano passado foi devida à queda de 4,5% observada durante o primeiro semestre.

Já na segunda metade do ano, “com a consolidação do crescimento econômico e com a continuidade da redução das taxas de juros”, essa procura subiu 3,9% em relação ao segundo semestre de 2016. Mas esta alta não foi suficiente para compensar a retração de 4,5% realizada na primeira metade de 2017.

Ainda segundo a Serasa, a queda da busca empresarial por crédito no ano passado foi determinada pelo comportamento das médias e grandes empresas que exibiram retrações de 7,6% e de 6,6%, respectivamente. Já as micro e pequenas empresas registraram estabilidade na demanda por crédito no ano passado.

Por setor, Serviços exibiu crescimento de 0,8%. Entretanto, tal movimento foi superado pelas quedas de 2,6% das empresas industriais e de 1,0% das empresas comerciais.

Com relação à análise por região, a demanda empresarial por crédito recuou em quase todas elas: Norte (-2,0%); Centro-Oeste (-1,5%); Nordeste (-0,3%); Sul (-0,1%). Apenas na região Sudeste, com alta de 1,4%, essa procura demonstrou crescimento em 2017.
Consumidor

Já com relação ao consumidor, a Serasa divulgou que a demanda por crédito avançou 4,9% no ano passado, o melhor resultado dos últimos seis anos e o quarto melhor da série histórica iniciada em 2008.

De acordo com nota divulgada recentemente pela entidade, os economistas da Serasa Experian, “o crescimento da renda real determinada pelo recuo acentuado da inflação no ano passado, a recuperação gradativa dos níveis de confiança dos consumidores e a contínua retração das taxas de juros com a concomitante expansão da oferta de crédito impulsionaram a demanda do consumidor por crédito em 2017, especialmente para a população da baixa renda”.