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Publicado em 09/02/2017

CARTÕES DE CRÉDITO: MERCADO DE R$ 1 TRILHÃO A SER EXPLORADO PELO FOMENTO COMERCIAL

Novamente o SINFAC-SP abriu espaço para a discussão do tema antecipação de recebíveis de cartão de crédito. Desta vez por meio de palestra apresentada pelo consultor jurídico do Sindicato, Alexandre Fuchs das Neves, e pelo 2° vice-presidente da entidade, Marcos Libanore Caldeira (Aquitânia Fomento Mercantil e TecPay).

Na primeira parte do evento foram apresentadas regras legais e de mercado e conceituações básicas da área, com destaque para as figuras do portador, estabelecimento (originador), adquirente e subadquirente.

“É um produto novo, gera uma série de dúvidas, pois há 30 anos estamos operando com um modelo de crédito chamado duplicata”, reconheceu Fuchs. “Estamos acostumados a trabalhar com a compra e a venda entre empresas, enquanto no mercado de cartões a captura é feita, em sua grande maioria, com as pessoas físicas”, exemplificou.

No entanto, de acordo com o advogado, é possível operar neste campo, “mas não como algumas empresas estão fazendo por aí, de forma incipiente e até descuidada, realizando as famosas gambiarras de crédito”, enfatizou.

Dentre as condutas condenáveis ele citou: “a conta-corrente em nome do meu cedente que eu tenho a titularidade por procuração; a conta-garantida; a captura do crédito por uma maquininha que não é do meu cliente, mas sim de uma empresa terceirizada”.

Na segunda parte da palestra Marcos Libanore Caldeira abordou os aspectos gerais de mercado e detalhes relacionados às fintechs, empresas de tecnologia voltadas ao setor financeiro.

Segundo ele, o mercado de duplicatas no Brasil é hoje de R$ 120 bilhões, enquanto o dos cartões de crédito passa a cifra de R$ 1 trilhão anual.

“Resta ao operador do fomento comercial escolher se permanece como está ou participa de um mercado dez vezes maior e que continua crescendo”, sentenciou.

O primeiro passo para isso, no seu entender, é o estabelecimento de parceria com uma fintech voltada para os meios de pagamento, e que seja especializada em atender o segmento de fomento comercial.

Existe, contudo, uma série de boas práticas a ser checada antes de fechar o negócio. Deve-se verificar, por exemplo, se a empresa não opera com contratos que tenham cláusulas restritivas impedindo comunicação ao sacado; se possui regras de governança corporativa padrão IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) e se é tomadora de crédito no mercado.

Igualmente importante é analisar o parecer de auditores independentes e conhecer a fundo os produtos oferecidos, ou seja, solução TEF para médios e grandes varejistas, POS (com chip), mobile (wi-fi) e equipamento cabeado (ethernet).


Fuchs enfatizou o costume do setor de trabalhar com a compra e a venda entre empresas

Outros cuidados essenciais lembrados por Libanore incluem saber quais as obrigações da antecipadora e confirmar a realização de treinamento de sua equipe comercial.

Dentro de casa, compete à factoring também olhar com atenção redobrada para a área comercial, treinando seu time para atingir um mercado totalmente novo.

“De forma geral, a aceitação para esse modelo de negócio tem sido ótima por ser um mercado enorme, altamente rentável, com risco diminuto, embora ainda haja falta de conhecimento, o que justifica a realização de palestras como a de hoje, concluiu o empresário”.

Motivação

A grande interação do auditório com os palestrantes deu uma boa medida do grau de interesse despertado pelo tema.

Rafael Braga (abaixo, à esq.), sócio da Minasfec, de Campinas, achou as apresentações muito boas e esclarecedoras sobre um mercado novo, que traz a possibilidade de ampliar seus produtos de antecipação de recebíveis

“Com certeza, o cartão de crédito nos permitirá atingir os chamados desbancarizados de uma forma mais assertiva. Saio daqui hoje mais motivado com esse segmento, vamos falar com o nosso departamento comercial para expandir os negócios e atacar esse nicho”.

Impressão semelhante teve Nathan Yoles (acima, à dir.), especialista de produto da paulistana WorkCapital.

“A experiência foi bastante válida, é um mercado realmente muito interessante e que merece atenção e estudo para que as empresas possam oferecer um serviço para a sociedade que acabe fomentando todo esse comércio que as empresas de factoring pretendem atingir”, observou.

Fonte: Reperkut

Texto publicado em 09/02/2017

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