CENTRAL DE RISCO: UM SONHO DO SETOR FINALMENTE REALIZADO

Quem participou anteontem (28/04) de mais uma tele reunião mensal da Diretoria do SINFAC-SP pôde perceber claramente como se materializa agora um velho anseio do segmento: ter sua própria central de risco, necessidade sempre presente e hoje mais ainda, devido às restrições legais na negativação de pessoas físicas e jurídicas incluídas no pacote de exceções no período de pandemia.

Sob a mediação do presidente do Sindicato, Hamilton de Brito Junior (Credere Consultoria e Fomento Mercantil), todos puderam saber a quantas anda o projeto que vem sendo trabalhado a quatro mãos com a Vadu Big Data, uma especialista na utilização de recursos de Inteligência Artificial (IA) para auxiliar quem concede crédito a saber, de fato, com quem está negociando.

Durante cerca de uma hora, os executivos Michel Varon e Alexandre Malheiros, respectivos CEO e CCO da empresa paulistana, mostraram em detalhes o funcionamento da ferramenta CreditBox, base do novo sistema, feito sob medida para o fomento. 

Concebida a partir do conceito de SCR do Banco Central, a solução “fecha o ciclo de todas as necessidades da área de crédito, permitindo o acompanhamento, durante 24 horas, da carteira das empresas e de todas as eventuais ocorrências no período”, explicou Michel.

Segundo ele, são mais de 270 milhões de cadastros, dando ao usuário acesso a cerca de 300 fontes de informações, separando dados de cedentes e sacados, além de seguir regras rígidas para evitar a utilização das pesquisas para fins de prospecção, “um dos motivos que levaram ao fracasso tentativas anteriores do gênero”, observou.

A amplitude do rastreamento realizado inclui ainda protestos e sua evolução, títulos vencidos, a vencer, atrasados de seis a 180 dias, volume de recompra (um importante diferencial de mercado) e até mesmo a eventual constatação de trabalho escravo ou outra contingência que possa manchar a reputação do contratante.

“Mas estamos na versão 1.0”, ressaltou Alexandre, para dar a todos a certeza de que os cinco anos de pesquisa realizados pela Vadu para chegar a um produto que realmente atenda às necessidades do fomento comercial, em escala nacional, não impedem a promoção de novos aprimoramentos, com base nas demandas apresentadas pelas empresas e suas entidades representativas.

Adesão   

Na opinião do presidente do SINFAC-SP, Hamilton de Brito Junior, tão importante quanto ter o produto certo neste campo altamente estratégico e delicado é a participação maciça do segmento para que o sistema obtenha uma escala positiva, inclusive no que se refere aos custos altamente convidativos para quem aderir por meio de instituições como o sindicato paulista.

“Acalentamos este sonho há décadas e agora, diante deste momento tão difícil, ele finalmente tomou corpo em nosso ‘Gabinete de Crise’. Mas ainda dependemos de sua aceitação em grande escala, pois todos têm a ganhar com isto. Por esta razão, estamos arregimentando entidades coirmãs para acelerar este processo”, garantiu Hamilton, frisando ter promovido apresentação semelhante na última reunião do Conselho Consultivo da ANFAC, por ele presidido.

Foi justamente neste processo de maturação que, mediante a opinião de 95 empresas pesquisadas, apontou-se que as informações também dos cedentes seriam essenciais, requerendo assim da Vadu - “nome escolhido por ter um negócio consistente e uma carteira igualmente consolidada” -, a tomada de medidas adicionais no que tange à segurança, acrescentou Hamilton. E ele concluiu: “Terça-feira que vem (05/05) faremos uma nova live para todo o mercado, nesta verdadeira cruzada em prol de uma grande adesão”.

Fonte: Reperkut