COM SETOR NACIONAL DE SERVIÇOS, SINFAC-SP PARTICIPA DE MISSÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL

Além da língua, Brasil e Portugal guardam semelhanças na força econômica exercida pelo setor de serviços – 73% do PIB, o primeiro, e 72%, o segundo. Foi com esta perspectiva que o SINFAC-SP participou da missão empresarial que desembarcou em Lisboa para conversações e eventos, entre os dias 25 e 27 de setembro.

Com dezenas de empreendedores de vários segmentos da prestação de serviços, a missão organizada pela Central Brasileira do Setor de Serviços (CEBRASSE) e pela Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB) discutiu problemas do setor em busca de possibilidades de atuação conjunta para fortalecer a atividade e gerar novos negócios.

Os debates acerca desses temas também se deram durante a “Conferência Internacional do Setor de Serviços Brasil/Portugal”, realizada em parceria entre a CEBRASSE e a Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CPP).

Além do presidente da Central, João Diniz, o evento contou com a participação do embaixador brasileiro em Portugal, Luiz Alberto Figueiredo Machado, do deputado federal Laércio Oliveira (SD/SE), do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante, e do ministro da economia luso, Manuel Caldeira Cabral.

Paulo Pinheiro, presidente da ALF; Mario Celso Dias, presidente do SINDCOR-RJ; Iara Dórea (Trader International); João Carlos Ribeiro Vargas, presidente do SINFAC-ES, e o presidente do SINFAC-SP, Hamilton de Brito Junior, durante a rodada de negociações do setor de factoring

Houve ainda palestras dos presidentes João Vieira Lopes (CCP), Antônio Saraiva (ADVP/CIP) e Paulo Pinheiro (Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting) e dos presidentes-executivos Rui Monteiro (CEBRASSE) e Lívio Giosa (ADVB).

Outro destaque da programação foi a assinatura de Protocolo de Intenções entre a CEBRASSE e a Confederação de Comércio e Serviços de Portugal.

Factoring

Manuel Caldeira Cabral, ministro da economia de Portugal (ao centro), com Hamilton, João e Tatiana Diniz

As diferenças entre a atividade praticada aqui e lá mostram que as empresas do setor nacional ainda têm muito o que aprender com suas coirmãs portuguesas, especialmente na hora de realizar uma operação, conforme relatou o presidente do SINFAC-SP, Hamilton de Brito Junior (Credere Consultoria e Fomento Mercantil), que representou a entidade nesta visita a Portugal.

“Para a nossa surpresa, os empresários fazem uma operação similar ao fomento à produção ou matéria-prima, mas exigem do seu cedente a emissão de uma fatura provisória ao sacado para pagar o fornecedor, com acerto final na fatura definitiva”, comentou.

João Carlos Ribeiro Vargas, presidente do SINFAC-ES; e Hamilton de Brito Junior, presidente do SINFAC-SP, com Paulo Pinheiro, presidente da ALF (ao centro)

O dirigente também salientou que as empresas de fomento comercial portuguesas realizam operações diferenciadas que chamam de factoring reverso, que pode ser com ou sem adiantamento. “Consiste na garantia ao fornecedor do pagamento, como uma espécie de fiança bancária”, explicou.

Um aspecto que aqui ainda gera controvérsias, o direito de regresso é bastante difundido em Portugal, “onde as operações são feitas com direito de regresso, exceto o factoring internacional, que tem que assumir o risco da inadimplência, mas não vícios de origem”, disse Hamilton.

Antonio Saraiva, presidente da ADVP; João Vieira Lopes, presidente da CCP; João Diniz, presidente da CEBRASSE; Eurico Brilhante Dias, secretário do estado de internacionalização de Portugal; deputado Laércio Oliveira; Hamilton de Brito Junior, presidente do SINFAC-SP; e João Carlos Ribeiro Vargas, presidente do SINFAC-ES

“O factoring internacional é contratado entre duas empresas de factoring com o objetivo de garantir o pagamento do importador ao exportador”, complementa o presidente do Sindicato, ressaltando que a carga tributária das empresas do setor, em Portugal, é de 23%, inexistindo diferença para financeiras ou não financeiras, como no Brasil.

Fontes: Reperkut e CEBRASSE