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Publicado em 25/09/2018

Competição em taxas é acirrada nos bancos (DCI)

Na busca por manter clientes de investimentos em casa, as principais instituições financeiras – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – acirraram a competição e zeraram taxas de custódia no Tesouro Direto e taxas de carregamento em planos de previdência.

Na avaliação do diretor executivo de investimentos do Santander Brasil, Gilberto Abreu, a competição entre os bancos de varejo e instituições menores (plataformas de gestoras e corretoras) é saudável e deve aumentar.

“O cliente ganha com isso. E a competição [daqui para frente] se dará pela qualidade do advisor [assessor financeiro], pela melhor oferta de produtos ao mercado”, afirmou o diretor executivo.

O primeiro movimento de zeragem de taxas de custódia do Tesouro Direto entre os bancos de varejo foi liderado pelo Bradesco ainda no primeiro semestre. E nas três últimas semanas, Santander, Itaú e o Banco do Brasil também instituíram a prática.

Na previdência privada, a Bradesco Seguros já utilizava “taxa zero” de carregamento nos aportes de entrada em VGBL e PGBL e zerava na saída a partir do quinto ano de permanência. Os concorrentes embalaram neste mês de setembro com “taxa zero” nos aportes e nos resgates.

“É possível que tenhamos novos entrantes nos planos de previdência, mas acredito que não devemos ter um forte movimento de migração dos fundos e mesmo de outros produtos, como Tesouro IPCA+”, disse o diretor de produtos de investimentos e de previdência do Itaú, Claudio Sanches.

O Itaú informou que além do Tesouro Direto, isentou taxas de custódia em certificados de depósito bancário (CDB) de outros gestores, de letras, certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA) e de debêntures. Ao passo que o Banco do Brasil passou a isentar as taxas de custódia de CRI, CRA e debêntures.

A gerente geral da unidade de captação e investimentos do BB, Paula Mazanék, não acredita em migrações significativas de um produto para outro por causa da zeragem da custódia na renda fixa. “Buscamos fidelizar nossos clientes e atrair novos. E com a zeragem das taxas de carregamento na previdência há um estímulo adicional para o brasileiro poupar para o futuro”, disse.

Disputa com gestoras

A competição ainda provoca a redução das taxas de administração de fundos de renda fixa. Na média da Anbima, as gestoras cobram 1% ao ano dos cotistas. “As taxas já são similares as praticadas em fundos internacionais, hedge funds, 0,7%, 08% ao ano”, compara Abreu.

Pelos dados da Anbima, clientes com aportes de entrada mais R$ 100 mil conseguem taxas de 0,53% ao ano, enquanto pessoas físicas de varejo com aportes de até R$ 1 mil pagam 2,47% ao ano.

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