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Publicado em
27/07/2017
Se o orçamento já está apertado e o salário não deu para o fim do mês, muitos brasileiros acabam usando o crédito de outras pessoas para conseguir consumir, pagar dívidas e outras pendências financeiras.
De acordo com uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 39% dos brasileiros já fizeram compras utilizando o nome de terceiros, sendo que as modalidades mais utilizadas foram cartão de crédito (26%), cartão de loja (9%) e crediário (9%).
Os principais motivos para o empréstimo de nome foram os imprevistos (27%) e o fato de já estar com o nome sujo (25%). A principal justificativa para convencer a pessoa a emprestar o nome é o alto valor de contas a pagar não planejadas e a impossibilidade de pagá-las no momento (18%) e por não terem como pagar à vista as roupas, calçados e acessórios que desejam (14%). Estes são, aliás, os produtos mais comprados dessa forma (30%), seguidos dos celulares e eletrônicos em geral.
De acordo com o levantamento, as principais pessoas recorridas para o empréstimo são os pais (27%), o cônjuge (22%) e os irmãos (19%). A maioria (85%) dos entrevistados garantem ter avisado o quanto seria gasto antes de pedir o crédito, diferente de 8%.
Nove em cada dez entrevistados que pediram o nome de alguém emprestado já pagaram ou estão pagando a dívida em dia. “Apesar de ser a maioria, se a pessoa já está passando pela restrição ao crédito por que não conseguiu pagar dívidas anteriores, a probabilidade de não honrar o novo compromisso assumido é grande. Assim, as chances de o empréstimo do nome acabar mal são reais, afirma o educador financeiro Paulo Vignoli.
A pesquisa mostra ainda que 19% dos consumidores sentiram alguma dificuldade imposta pelas lojas ao comprar no nome de outra pessoa.