CONTABILIDADE NO FOMENTO COMERCIAL EXIGE OLHAR DIFERENCIADO

A importância da contabilidade e suas peculiaridades em se tratando de empresas do fomento comercial. Estes assuntos deram a tônica do curso “Contabilidade de Factoring”, ministrado na terça-feira (06/06) na sede do SINFAC-SP pelo consultor tributário e contábil do Sindicato, Marco Antonio Granado.

Segundo o especialista, existem vários aspectos que, se não observados por empresários e contadores, prejudicam não só a boa gestão como também o fornecimento de informação de qualidade ao se cumprirem as muitas obrigações acessórias hoje prestadas eletronicamente ao Fisco.

“Nós temos visto muita contabilização de maneira genérica, ou seja, sem explicitar em contas específicas, não só as despesas como também os créditos de terceiros e sua movimentação”, exemplificou o contador.

Outra dúvida recorrente, de acordo com Granado, envolve a diferenciação entre custo e despesa, bem como a forma adequada para se contabilizar esses itens.

“Quem está incorrendo em erros assim deve fazer o que todos estão fazendo aqui hoje, isto é, buscar conhecimento e profissionais que possam dar sustentação e orientação”, defendeu o consultor.

No seu entender, só mesmo compreendendo os detalhes se percebe sua importância e o risco existente em não observá-los, “postura que traz como valor agregado fazer da contabilidade um grande apoio e ferramenta para, realmente, administrar a empresa com um pouco mais de carinho, responsabilidade e, com certeza, sucesso redobrado”, concluiu.

Reciclagem

“Está sendo bem proveitoso, estamos tirando algumas dúvidas, certamente vamos conseguir atender melhor nosso cliente depois deste curso”, afirmou Átila de Souza Ferraz (abaixo, à esq.), contador da Dinâmico Assessoria Contábil, escritório que há três anos assessora a R2 Soluções Financeiras, de Sorocaba.

Foi especialmente interessante, em sua avaliação, a parte relacionada ao conceito de custo, “já que numa empresa de prestação de serviços é bem mais complexo em relação ao comércio e à indústria”, observou.

Já Sergio Werneck (acima, à dir.), diretor administrativo-financeiro da paulistana Sabiá Fomento Mercantil, veio ao curso para trocar ideias, esclarecer dúvidas, conversar a respeito das controvérsias da área contábil-fiscal. “Valeu bastante participar, a gente sempre aprende alguma coisa”, reconheceu o executivo.

Como exemplo disso ele menciona a contabilização das tarifas, até então tratadas como serviço em sua empresa, mas que agora passarão a ser consideradas receitas financeiras, ou seja, sem pagar ISS e resultando numa alíquota menor de PIS e Cofins.

Fonte: Reperkut