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Publicado em 27/09/2016

Correntistas pagam R$ 1.188 de tarifas bancárias por ano (O Tempo)

Você sabe quanto gasta por ano com as tarifas bancárias? Dependendo do seu pacote, os gastos podem chegar a R$ 1.188 num ano, segundo cálculos da Proteste Associação de Consumidores. “Para economizar, não basta escolher o pacote mais barato, se o seu perfil não se adequa ao mesmo. Assim, o cliente acaba pagando a mais por cada serviço. É um barato que acaba saindo caro”, alerta a técnica da associação Renata Pedro.

Ela ressalta que há casos em que ocorre o contrário. O consumidor opta por um pacote de serviços e não usa. “Antes de fazer a escolha, analise os serviços que você usou nos últimos três, quatro meses. Veja qual tipo de serviços é o mais adequado”, diz.

Se um cliente, ultrapassa o que é oferecido no pacote de serviços para fazer saques, por exemplo, vai pagar de R$ 1,95 a R$ 6 por saque. Considerando que ele faça quatro saques num mês, no período de um ano, além do pacote de serviços, vai pagar de R$ 93,60 a R$ 288 em um ano, dependendo do banco. A diferença entre os valores cobrados pelas instituições é de 207,69%.

O professor de Finanças do Ibmec Marcos Melo ressalta que as tarifas podem não parecer tão altas quando analisadas isoladamente. “Agora, se você multiplica o valor num ano, chega a ser relevante. É um dinheiro que poderia ter outro uso, serviria para investir ou mesmo como reserva numa eventualidade”, diz.
Para ele, é importante conhecer o seu perfil de gastos, pesquisar e até negociar com a instituição financeira. Para a técnica da Proteste, é importante ressaltar que os bancos têm obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.

Ela diz que não há obrigação de contratar um pacote de serviços ao abrir uma conta corrente. “Alguns serviços devem ser obrigatoriamente disponibilizados para o consumidor que possui conta corrente, sem que haja qualquer cobrança de tarifas. São os serviços essenciais garantidos pelo Banco Central, que são limitados a cartão de débito, dez folhas de cheques por mês, segunda via do cartão de débito, até quatro saques por mês, consultas pela internet, duas transferências por mês entre contas na própria instituição e compensação de cheque”, explica.

O problema, conforme ela, é que nem sempre é fácil convencer o gerente a aceitar a não contratação de um pacote de serviços. “Se a solicitação não for atendida pelo banco, o ideal é reclamar à ouvidoria dele e denunciar ao Banco Central e aos órgãos de defesa do consumidor”, diz.

Outra maneira de ficar livre das tarifas, segundo Renata, é contratar uma conta eletrônica, cujo uso é restrito à internet e aos caixas eletrônicos. O Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Intermedium têm essa modalidade de conta.

Intermedium lançou placar dos gastos

O banco Intermedium lançou na última quinta-feira o Tarifômetro – um placar que mede o quanto os clientes da instituição financeira deixaram de gastar com tarifas –, na região Centro-Sul de BH. “O valor é calculado baseado no gasto médio dos clientes de banco com as tarifas no país, que é de R$ 1.188 por ano, multiplicado pelo número de clientes do banco”, diz o diretor comercial, Marco Túlio Guimarães. De janeiro até ontem, os clientes deixaram de pagar em torno de R$ 26 milhões de tarifas. “Temos uma conta totalmente digital, sem custos”. (JG)
 

Tecnologia reduz efeitos da greve, que já dura 22 dias

A greve dos bancários, que completa 22 dias hoje, caminha para ser uma das mais extensas da história do sistema financeiro. Os bancos estão mais duros na negociação, prevendo que os lucros tendem a encolher pela primeira vez em décadas, reflexo da crise que elevou os calotes e exigiu aumentos nas provisões para devedores duvidosos. O impacto da paralisação nos resultados, porém, é cada vez menor, por causa da digitalização das transações, via computadores e do celulares. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou, em nota, que o uso de canais alternativos às agências bancárias para fazer operações, especialmente os meios eletrônicos, têm sido eficazes para minimizar os efeitos da greve.

Juntos, os chamados internet banking, pelo computador, e mobile banking, via celulares e tablets, respondem por mais da metade das transações bancárias (54%). “O internet banking foi o canal responsável pelo maior número de transações em 2015, com 33% do total, o equivalente a 17,7 bilhões de operações bancárias. As contas com internet banking saltaram de 56 milhões, em 2014, para 62 milhões no ano passado”, diz a Febraban.

O executivo de um grande banco, que não quer ser identifico, confirma que a tecnologia alivia cada vez mais o impacto da greve. “Essa greve gerou menos impacto por conta da utilização de canais digitais, que está muito forte. Depósito em cheque basicamente acabou”, disse. O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltam à mesa de negociação hoje, às 14h, para tentar chegar a um acordo que coloque fim à greve.

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