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Publicado em 16/07/2020

Crédito com garantia do FGTS deverá ter juros 55% menores (Valor Econômico)

Simulações feitas pela Secretaria de Política Econômica (SPE) mostram que os empréstimos pessoais que utilizarão como garantia os recebíveis do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão taxas de juros 55% menores do que operações tradicionais. O governo espera que essa nova modalidade de crédito injete R$ 36 bilhões na economia.

O diretor do Departamento de Gestão de Fundos, Gustavo Tillmann, afirmou que há cinco agentes financeiros aptos a fornecer crédito usando o saque-aniversário como garantia. A ideia é que essa nova operação tenha taxa inferior ao crédito consignado ofertado ao setor público que, conforme dados do Banco Central (BC), estava em 20,6% ao ano em maio. Numa operação de crédito pessoal, essa taxa foi de 104% ao ano.

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil devem anunciar em breve os detalhes do novo produto. O vice-presidente de Varejo da Caixa, Celso Leonardo Derziê de Jesus Barbosa, afirmou que o banco quer antecipar três parcelas do FGTS, o que poderia será estendido dependendo da demanda. Ele disse ainda que o banco também aderirá à concessão de crédito para empresas via maquininhas de cartão.

Já o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, João Pinto Rabelo Júnior, reforçou que a medida vai permitir uma redução dos juros e um maior concessão de crédito consignado para o trabalhador da iniciativa privada. Ele contou que o BB tem uma carteira de crédito consignado de R$ 85 bilhões e 4,3 milhões de clientes, mas a parcela do consignado para o trabalhador da iniciativa privada ainda é pequena.

Durante a apresentação do Boletim MacroFiscal, o subsecretário de Política Microeconômica e Financiamento da Infraestrutura, Pedro Calhman de Miranda, apresentou dados que mostram um aumento de 17,5% do crédito às pessoas jurídicas no período de janeiro a maio ante mesmo período do ano passado. Especificamente nas linhas de capital de giro, o aumento foi de 82,8%.

No financiamento às exportações, o aumento foi de 86,3% no período. Na avaliação de Miranda, os dados mostram o efeito das medidas adotadas pelo governo para minorar os efeitos da pandemia sobre o crédito, comentou. No caso das pessoas físicas, o crédito teve retração de 2,4% no período. No entanto, considerando apenas o crédito consignado, houve crescimento de 11,7%. Para a aquisição de veículos, por sua vez, caiu 15,3%.

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