FECHAR

Imprimir
Publicado em 23/11/2017

Custo para famílias sobe 36% em 3 anos (DCI)

O valor pago pelas famílias brasileiras apenas a título de juros subiu 36% em três anos, ao passar de R$ 212 bilhões em 2013, para R$ 288 bilhões em 2016. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O estudo “Juros e Inadimplência no Brasil 2014-2016” mostrou que apesar de as operações de crédito com recursos livres terem caído 13% no período, de R$ 943 bilhões para R$ 820,3 bilhões, a taxa média efetiva de juros cobrada cresceu mais de 16 pontos percentuais (p.p.), de 42,9% em 2013 para 59,2% em 2016.

O volume de juros pagos em 2014 foi de R$ 251,2 bilhões, alcançando seu maior valor em 2015 (R$ 293,2 bilhões) e apresentando leve recuo em 2016, atingindo R$ 288,3 bilhões, o que representa 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 9,2% da renda anual das famílias.

Isso significa que o pagamento de juros, em termos individuais, representou um dos maiores itens de despesa dos consumidores, superando o dispêndio total por ano com grupos de itens como os de saúde, educação e vestuário.

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência das famílias inicialmente apresentou comportamento de crescimento, saltando de 5,3% em dezembro de 2014 para 6,2% no fim de 2015 e praticamente se estabilizando em 2016 (6,1%).

Já em termos de valores em atraso, a federação nota um forte ajuste por parte das famílias, que conseguiram reduzir em 8% o volume real das dívidas com mais de 90 dias de atraso, cujo montante caiu de R$ 53,9 bilhões em dezembro de 2013 para R$ 49,6 bilhões no fim de 2016, retração de R$ 4,3 bilhões no período.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, embora a inadimplência das pessoas físicas seja uma das questões mais preocupantes nos tempos atuais, “isso se dá mais em decorrência da sua alta disseminação em termos do grande conjunto de famílias inadimplentes do que propriamente de seu volume agregado”.

Dívida Pública

Já o custo elevado de crédito, a federação afirma ser reflexo dos altos juros do País no período, “consequência direta do descontrole das contas públicas”. Isso também acaba por tornar o setor público o maior tomador de crédito.

Em junho de 2017, a dívida pública bruta atingiu R$ 4,7 trilhões, correspondentes a 73% do PIB. Em apenas três anos e meio, essa dívida cresceu quase 70%, acrescentando quase R$ 2 trilhões ao montante do início de 2014. Nesse ritmo, o passivo público deve atingir, antes do fim de 2018, o delicado patamar de 80% do PIB.

Para a Federação, porém, conforme a dívida pública reduzir, os juros necessários para seu financiamento também seria “proporcionalmente inferior ao dos patamares atuais”.

Video institucional

Cursos EAD

Fotos dos Eventos

Sobre o Sinfac-SP

O SINFAC-SP está localizado na
Rua Libero Badaró, 425 conj. 183, Centro, São Paulo, SP.
Atendemos de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.