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Publicado em 16/03/2017

Desafios em segurança podem adiar a adesão de novos meios de pagamento (DCI)

A complexidade dos processos de segurança como complementares à experiência do cliente tende a adiar a aceitação total das novas formas tecnológicas de pagamento para 2020. Alto custo e “fragilidade” do e-commerce, porém, tarda prazo no segmento para 2022.

Apesar dos investimentos dos últimos anos no mercado de cartões e no sistema bancário para adaptação dos meios eletrônicos de pagamento, o momento de transição de modelos antigos para atuais e a “exigência por novidade e comodidade” ainda são pontos “delicados”.

De acordo com o diretor executivo da CyberSource – plataforma da Visa – Rogério Signorini, a transição de uso dos meios tradicionais para os contact less (sem contato) já começou, mas a área ainda passa por ajuste de sistemas e reforço nas estruturas.

“O fato de o Brasil ser pioneiro traz mais desafios porque, enquanto outros países migram de forma mais direta, ainda temos que adaptar sistemas antigos. É uma transição que precisa ser feita e sua adoção total deve levar de dois a três anos”, avalia.

Nesse sentido, no entanto, o fator segurança ainda é um ponto de atenção. Na mesma medida em que a nova geração (também conhecida como Millenials) exige novidade e simplicidade, o mercado corre contra o tempo para ajustar os sistemas anti-fraudes para a acompanhar os aplicativos que surgem.

“A preocupação é ter a segurança aliada à conveniência de uso”, comenta o diretor de risco e prevenção à fraude da Mastercard, Daniel Marchetti.

Ele reforça que, com a evolução dos adventos, esses crimes também evoluíram e foram do cartão presente para o não presente, mais ligados a situações de engenharia social.

“O desafio é mitigar ou minimizar esse impacto, tornando a autenticação mais simples ao cliente e garantir a segurança da transação. A inovação sempre vai caminhar ao lado do controle efetivo de fraudes”, acrescenta.

Para o superintendente do Itaú Unibanco, Richard Bento, apesar de o equilíbrio ser possível, a complexidade tem sido em não retroceder a experiência do usuário.

“Qualquer etapa que a gente adicione no aplicativo ou dispositivo, pode ser motivo de desestímulo para adesão. A indústria financeira está investindo forte em trazer mais informações, exatamente para dar mais conforto em viabilizar essas transações de forma cada vez mais simples”, diz.

‘Ambiente propício’

Da outra ponta, além das exigências das gerações mais novas de consumidores, outro ponto de interseção do mercado de cartões e até do sistema financeiro também tem sido o cliente pessoa jurídica, de lojas físicas e on-line.

De acordo com os executivos entrevistados pelo DCI, sem punição forte ao fraudador e com a maior lentidão na adaptação dos processos, o Brasil ainda tem sido um “ambiente propício” às fraudes.

Para Signorini, da CyberSource, é exatamente no varejo e-commerce que a transição de sistemas deverá ser mais demorada, podendo chegar a até cinco anos de espera.

“É mais lento, sem dúvida, porque é um dia a dia mais complexo, onde ele precisa endereçar seu risco sem perder o cliente. A infraestrutura é cara e o custo para levar o cliente na loja on-line é alto. Ele tem que ter certeza que haverá a compra, se não, não valerá à pena”, comenta o executivo.

Já na parte do sistema bancário, porém, a expectativa é que o segundo semestre deste ano já mostre reflexos positivos dessa mudança.

“A aceitação é fundamental e nós, como emissores de cartão, temos trabalhado com adquirentes e bandeiras para que a solução fique cada vez mais robusta e consiga oferecer alguma forma de operação para os nossos clientes”, ponderou o diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil (BB), Rogério Panca.

Benefícios

No mercado de cartões de benefícios, as mudanças também não são diferentes. A Alelo, por exemplo, traz ao mercado o novo cartão virtual. “A empresa acompanha as tendências de consumo digital e o cartão virtual da marca vem exatamente para trazer conveniência e segurança”, afirma o diretor de marketing e produtos da empresa, André Turquetto e completa que a expectativa é que nos próximos seis meses, mais de um milhão de usuários já utilizem a ferramenta.

Isabela Bolzani

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