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Publicado em 23/02/2017

Dificuldade para negociar com fornecedores (Valor Econômico)

Ter de se provar uma gestora capaz, saber lidar com fornecedores e equilibrar a agenda entre família e empresa. Essas são as principais dificuldades no dia a dia de trabalho relatadas ao Valor por empreendedoras dos ramos de joias, alimentação, beleza e educação.

“Apesar de as mulheres já terem demonstrado que são tão competentes quanto os homens na gestão, vencer o preconceito é o maior desafio delas”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Mas esses problemas podem ser superados com conhecimento, diz. “Quanto mais a empresária se preparar, fizer um bom plano de negócios e estudar o mercado, mais chances de sucesso terá.”

Depois de vender picolés e trabalhar como garçonete, Sabrina Nunes, de 33 anos, comanda hoje um e-commerce de joias contemporâneas que faturou R$ 1,8 milhão em 2015 e R$ 2,5 milhões em 2016. O Francisca Joias oferece 3,2 mil itens, entre brincos, anéis e colares, com um tíquete médio de R$ 187 no varejo.

“Não há caminhos fáceis quando se é uma mulher abrindo um negócio”, afirma. “Existe preconceito e é difícil negociar com os fornecedores. Precisamos impor nossa vontade para argumentar de igual para igual.”

Solteira, com um filho, Sabrina acumulou experiência no ramo vendendo bijuterias em um marketplace de produtos artesanais. Depois de receber muitos pedidos, criou seu próprio site, hoje com 12 funcionários e 500 revendedoras. “É preciso ter persistência e não deixar que os problemas nos desmotivem.”

Para as sócias da doceria paulistana Fôrma de Pudim, Fernanda Campos Nader, 41, e Daniela Aliperti Sarquis, 35 anos, a parte mais complicada do empreendedorismo é conciliar a vida profissional com a pessoal. Ambas são casadas. Fernanda tem dois filhos e Daniela é mãe de um bebê de seis meses. “Se pudéssemos, estaríamos com as crianças o tempo todo”, concordam as duas, ex-executivas dos ramos farmacêutico e de hotelaria.

Para Fernanda, as mulheres conseguem cuidar dos filhos, da casa e ainda arrumam tempo para as próprias realizações. “Ninguém acreditava que pudéssemos ter sucesso vendendo pudim”, lembra. A loja, que entrega apenas esse tipo de doce, faturou cerca de R$ 1 milhão em 2016. Vende 900 unidades ao mês, em média, de 13 sabores e em até cinco tamanhos diferentes.

Diante da crise e mesmo com uma queda de 10% nas vendas em 2016, ante 2015, a dupla estuda a abertura de um segundo ponto, até dezembro. Uma das estratégias das empresárias é reservar até 40% do lucro do negócio para futuros investimentos. “É importante ter caixa para não precisar da ajuda de ninguém.”

A expansão também está nos planos de Leila Velez, sócia fundadora e presidente do Instituto Beleza Natural, rede de lojas de produtos e salões especializados em cabelos crespos e cacheados. O grupo carioca tem 45 unidades em cinco Estados. Atende mais de 130 mil clientes ao mês e deve abrir cerca de dez quiosques de venda de mercadorias este ano.

A ideia do negócio chamou a atenção do mercado. Em 2013, a companhia recebeu aporte de R$ 400 milhões da GP Investments para financiar a expansão. Leila já foi eleita Jovem Líder Global, no Fórum Econômico Mundial, de Davos, na Suíça.

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