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Publicado em 24/07/2018

Economia teve retração de 1,5% em maio, aponta monitor do PIB da FGV (G1)

A economia brasileira registrou retração de 1,5% em maio na comparação com abril, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (24).

Segundo a FGV, a queda foi impactada, sobretudo, pelos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida nos dez últimos dias do mês de maio.

"Esse efeito foi mais forte nas atividades industriais de transformação (-9,1%), interrompendo a trajetória ascendente de dez meses consecutivos; e construção (-4,5%). Na atividade de serviços, os setores mais atingidos foram transportes (-14,6%) e comércio (-4,4%)", informa o Monitor do PIB-FGV.

Pela ótica da demanda, as quedas na passagem de abril para maio foram mais acentuadas nas atividades de consumo das famílias (-0,8%) e nos investimentos medidos pela formação bruta de capital fixo (-11,7%).

Na comparação contra maio do ano passado, a economia teve queda de 1,8%. No trimestre móvel encerrado em maio, a queda foi de 1%, em comparação ao de fevereiro. Na comparação interanual, entretanto, cresceu 0,5%.

Indicadores econômicos de maio afetados pela greve dos caminhoneiros. (Foto: Karina Almeida/G1)

A greve dos caminhoneiros impactou fortemente os indicadores econômicos de maio e junho. Além dos efeitos nesses meses, as revisões de projeções do crescimento para este ano indicam que os prejuízos devem se estender além dos 11 dias em que os caminhoneiros ficaram parados.

Um dos órgãos que piorou as expectativas para o crescimento da economia brasileira neste ano citando a greve entre as justificativas foi o Fundo Monetário Internacional (FMI). A projeção em abril para o Produto Interno Bruto (PIB) era de alta de 2,3%. Agora, é de 1,8%.

O Banco Central reduziu de 2,6% para 1,6%. Bancos, consultorias e analistas do mercado financeiro também pioraram suas expectativas para o ano, incluindo a greve em suas justificativas.

Além da queda nas projeções para a economia do ano, os indicadores mostram as perdas de diversos setores. Um deles é o que mede o desempenho dos serviços, que tem peso importante no PIB. A queda foi de 3,8% no mês em que começou a paralisação.

Também em maio, a produção industrial despencou 10,9%, enquanto a produção de veículos no Brasil caiu 15,3%. Já as vendas no comércio recuaram 0,6%, a primeira queda registrada neste ano.

Enquanto isso, a inflação voltou a ganhar força. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 1,26% em junho, na maior taxa para o mês.

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