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Publicado em 25/04/2017

Empresa tradicional busca fusão com pequena tecnológica para inovação (DCI)

Diante do risco e do alto custo de desenvolvimento de ferramentas e soluções, as companhias tradicionais devem partir neste ano para a compra de pequenas empresas tecnológicas com o intuito de inovar e voltar a crescer em um mundo competitivo e conectado.

Essa é a tendência que tem guiado investidores estrangeiros estratégicos e fundos de private equity e venture capital em aquisições e fusões de empresas brasileiras neste primeiro quadrimestre. “Os setores de tecnologia e de serviços financeiros permanecem como os principais alvos para transações no Brasil e em todo o mundo”, diz o diretor de business inteligence (BI) da Transactional Track Record (TTR) no Brasil, Wagner Marques Rodrigues.

Segundo o relatório da TTR em parceria com a LexisNexis, o número de fusões e aquisições cresceu 6,22% para 256 operações com volumes revelados no primeiro trimestre de 2017, ante igual período do ano passado.

Desse total, os setores mais ativos até março foram: o de serviços financeiros (40), internet (31) e tecnologia (30). “Mesmo com potencial em volume financeiro por causa do programa de concessões e privatizações do governo, o setor de infraestrutura nunca esteve no topo em número de transações”, comentou o diretor.

Na avaliação do fundador e CEO da consultoria de modelos de negócios on line Kogut eBusiness, Marcio Kogut, a movimentação em fusões e aquisições no setor de tecnologia e internet está muito mais forte em 2017, na comparação com o ano passado.

“Os investidores e as empresas tradicionais perceberam que a tecnologia será fundamental para os negócios continuarem existindo. Como desenvolver tecnologia é arriscado e caro há procura por start-ups e pequenas tecnológicas com soluções prontas para o mercado”, aponta. Ele completou que fundos internacionais de private equity e de venture capital estão cada vez mais presentes no Brasil. “No mundo inteiro é a tecnologia que está comandando os negócios”, comentou Kogut sobre o interesse dos investidores estrangeiros.

De acordo com os dados da TTR, o segmento de venture capital registrou 18 transações no setor de internet, 15 na área de tecnologia, seis em distribuição e varejo e três em serviços de consultoria, auditoria e engenharia no primeiro trimestre. Entre os fundos que lideraram essas transações estavam os brasileiros Bossa Nova Investimentos (8) e Monashees Capital (5), e os americanos Qualcomm Ventures (2), Rise Capital (1) e Lumia Capital (1).

No segmento de private equity que reúne transações com volumes financeiros maiores para aportes em negócios consolidados, a participação de estrangeiros também foi significativa: o britânico Advent International (2), o Canada Pension Plan (2), e os americanos Southern Cross Group (1), HIG Capital (1), American Private Equity (1) e Blackstone (1). Os fundos brasileiros Leblon Equities (1) e Gávea Investimentos (1) também adquiriram participações nesse exercício de 2017.

Saldão de endividadas

No mercado de M&A, mantém-se a expectativa da concretização de transações que envolvam a aquisição de empresas em dificuldades financeiras. “Parou de piorar, mas isso não significa que as empresas em dificuldades encontrem fôlego [crédito ou caixa] para atravessar esse momento. Nos casos onde o endividamento passou do ponto, os empresários vão considerar a venda de parte do capital social, ou quando não, o controle inteiro”, aponta o consultor de recuperação de empresas, Artur Lopes. Na mesma linha, Wagner Rodrigues, da TTR, relata que muitas empresas em dificuldades vão colocar subsidiárias à venda para fazer caixa. “O interesse estrangeiro permanece.”

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