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Publicado em
24/07/2018
O valor corresponde a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. Os dados foram obtidos com base no estudo sobre os impactos recentes do crédito sobre as empresas e famílias no Brasil realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A pesquisa mostra que houve aumento no montante de juros pagos, apesar do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic) e da própria redução na oferta total de empréstimos.
Somente as famílias pagaram R$ 354,8 bilhões em juros no ano passado, avanço real de 17,9% na comparação com 2016, e que corresponde a 10,8% da renda anual delas.
Isso significa que o pagamento de juros, em termos individuais, representou um dos maiores itens de despesa das famílias, superando o dispêndio total por ano com grupos de itens de gastos domésticos, como de educação e vestuário.
Para se ter uma ideia do valor gasto, a soma dos juros pagos pelas famílias representa 372 milhões de vezes o valor do salário mínimo atual (R$ 954); ou, ainda, 82 vezes maior que o valor da seleção brasileira da Copa de 2018 (981 milhões de euros, equivalente a R$ 4,3 bilhões). Com esse valor, daria ainda para custear 8,6 Olimpíadas do Rio de Janeiro (R$ 41 bilhões).
EndividamentoPor outro lado, o estudo da entidade mostrou que o valor de empréstimos atrasados há mais de 90 dias registrou diminuição de 11,3% na comparação com o ano de 2016, totalizando R$ 44,7 bilhões. Ou seja, a taxa de inadimplência sobre o saldo total dos empréstimos caiu de 6,1% para 5,3% entre os anos de 2016 e 2017.