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Publicado em 27/09/2016

Febraban quer reduzir saque em espécie para coibir lavagem de dinheiro (Valor Econômico)

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em conjunto com órgãos governamentais, estuda formas de diminuir o volume de saques de dinheiro em espécie. A avaliação é que o trânsito de dinheiro em espécie facilita lavagem de recursos em atividades de corrupção e atrai a atenção de assaltantes em locais com forte volumes de saques.
 
“Nós temos debatidos com os vários órgãos que fazem parte da Encla [Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro] a questão de reduzir o uso de saques em espécie dos bancos”, disse o presidente da Febraban, Murilo Portugal, em evento em São Paulo. Fazem parte da Encla cerca de 60 órgãos, instituições e entidades, incluindo Ministério da Justiça, Banco Central, Susep, Coaf, Previc além da própria Febraban. 

“Os saques em espécie podem ser um facilitador de crimes de lavagem de dinheiro e de terrorismo”, afirmou Portugal. Segundo ele, em 2014, foram movimentados  R$ 70 bilhões em espécie por pessoas físicas e empresas no país. “Há casos de um único saque de mais de R$ 2 milhões em espécie”, disse.

“A grande concentração de dinheiro em agências bancárias em dias de pagamento, por exemplo, tem atraído assaltantes em cidades menores e até em municípios nem tão pequenos, no que vem se chamando de ‘novo cangaço’”, disse o presidente da Febraban.

Também presente no evento, o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que há necessidade em avançar no controle do dinheiro vivo que circula no país. “Esses volumes de dinheiro em circulação favorecem muito a corrupção”, disse. Segundo ele, os grandes casos de corrupção em empresas da construção civil foram facilitados pelas vastas somas de dinheiro vivo que essas empresas sacam para fazer o pagamento de funcionários.

Na visão dele, o fato de o governo ter conseguido fazer um gigantesco programa de transferência de renda, como o Bolsa Família, usando meios eletrônicos de pagamento — o cartão —deveria servir de justificativa para obrigar que a construção civil passe a pagar seus funcionários também via meios eletrônicos, e não dinheiro vivo.

Portugal também afirmou que os bancos têm ampliado o repasse, às autoridades, de informações sobre movimentações financeiras suspeitas. Segundo ele, em 2015, foram feitas, pelo setor bancário, 47.413 comunicações de operações suspeitas, o que representa um aumento de 27% em relação ao ano anterior.

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