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Publicado em 02/04/2020

Fintech cria modalidade de crédito com garantia do celular de cliente (Valor Econômico)

A desaceleração da atividade econômica provocada pela pandemia de coronavírus levou a SuperSim, fintech de crédito para baixa renda, a lançar uma modalidade de empréstimo com garantia do celular do tomador.

A linha já estava em fase piloto, mas a estreia foi acelerada por causa da nova situação. “Muita gente vai perder o salário, o que torna mais difícil dar crédito”, diz o canadense Daniel Shteyn, sócio-fundador da SuperSim.

Em operação desde agosto, a fintech oferecia até agora apenas crédito pessoal sem garantia, inclusive para quem está com o CPF restrito nos birôs. No novo cenário, a empresa passou a apostar também na linha com lastro no aparelho móvel, de forma a mitigar a alta no risco. “A população de baixa renda não tem muitos bens, mas todo mundo tem celular”, diz Shteyn.

A proposta da SuperSim - e daí vem o nome - é ter uma maior aprovação de pedidos de empréstimo que os concorrentes, o que significa gerenciar mais risco. A taxa de aprovação das fintechs no país costuma ficar entre 0,5% e 2% do total de solicitações. O objetivo da companhia é ficar em patamar superior a esse, mas inferior a 10%.

Com isso, a SuperSim tem em vista um público-alvo que tem conta em banco, mas pouco acesso a produtos financeiros mesmo entre fintechs. A empresa está posicionada para competir num segmento hoje amplamente dominado pela Crefisa. “Há uma oportunidade gigante nesse mercado”, diz Antonio Brito, sócio-fundador da SuperSim. De acordo com ele, os clientes respondem a um questionário simples para saberem se têm a aprovação. Por trás dele, no entanto, está a coleta de 1,5 mil pontos de dados.

Na primeira vez que um determinado cliente toma um empréstimo na fintech, a operação é de até R$ 500 com prazo de três meses. Nas operações seguintes, os valores e o prazo vão aumentando, podendo chegar gradativamente a R$ 2,5 mil e 12 meses.

A operação num segmento de risco alto tem seu preço. As taxas de juros cobradas pela SuperSim vão de 10% a 18% ao mês, inclusive na linha garantida pelo celular, já que o cenário piorou.

O pagamento das parcelas é feito via boleto. Mas, até o fim do ano, poderá ser feito também por meio da conta de luz. Segundo Brito, a SuperSim já fechou acordo com a Enel, distribuidora de energia em São Paulo.

Fundada por Shteyn, Brito e Rômulo Coutinho, a fintech já recebeu aportes do investidor de tecnologia Alan Goldstein, do advogado Bruno Balduccini, da HNW e da Distrito Ventures.

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