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Publicado em 14/09/2017

Fintech de cartão de crédito aposta em "devolução de dinheiro" para conquistar clientes (PEGN)

Marcela Miranda, head e fundadora da Trigg, palestrou nessa segunda-feira (11) no primeiro dia do Social Media Week São Paulo. A empreendedora contou ao público presente na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) a história da startup financeira e quais são os desafios de começar uma Fintech no Brasil.

“Há dez anos eu sai da empresa em que trabalhava com o Guilherme [Müller] e o Alexandre [Pereira]. Resolvi que não iria mais trabalhar na área corporativa e decidimos empreender juntos”, conta Marcela. Unindo conhecimentos de marketing, tecnologia e negócios, os ex-colegas começaram uma série de negócios, como um site de cervejas especiais, uma empresa de mídia e uma seguradora. Negócios que continuam em funcionamento. 

Com apetite para novas empreitadas, o trio se interessou por outro segmento após uma viagem de um dos sócios ao exterior. “O Guilherme foi para os Estados Unidos e viu que lá as Fintechs já estavam acontecendo, algo que estava começando no Brasil com o Nubank. Conversamos com algumas pessoas que conhecíamos no Banco Central e percebemos que poderia ser uma boa ideia investir nesse tipo de negócio”, lembra a empresária.

Para entender como poderiam atender o mercado brasileiro, os empreendedores investiram em pesquisas e em entrevistas com diferentes perfis. Um processo que durou cerca de 10 meses. Com as informações que precisavam em mãos, puderam desenhar o negócio, mas não tirá-lo do papel. “Tínhamos a ideia, sabíamos o que iriamos fazer, mas não podíamos começar porque no Brasil só quem pode dar crédito ou emprestar dinheiro é uma instituição financeira”, afirma Marcela. O trio precisou então buscar parceiros no mercado financeiro. 

A Omni S/A Crédito gostou da ideia e decidiu participar do negócio, investindo 70% do valor inicial, não revelado pela empresa. A Trigg pode assim lançar seu cartão de crédito digital, que conta com um aplicativo em que clientes podem controlar suas operações. Um dos diferenciais do produto é o cashback, devolução de até 1,3% do valor de cada operação ao cliente. Sistema que substitui os tradicionais programas de pontos oferecidos por outros cartões de crédito.

O valor devolvido aos clientes pode ser usado como desconto na fatura do cartão ou doado para o Triggers, programa de empreendedorismo para aceleração de startups criado pelos sócios. “Já fazíamos isso antes, colocávamos dinheiro ou mentoria para empresas que estavam começando. Quando montamos a Trigg conseguimos colocar isso no plano de negócio, dando a possibilidade de outras pessoas também ajudarem”, diz a empreendedora, destacando que 25% dos clientes doam para o Trigg algum valor do cashback.

Estrutura e projeção 

Operando há cinco meses, a startup já conta com 150 pessoas na equipe. Sendo 70% desses funcionários da área de tecnologia e os demais de atendimento, financeiro, análise de documentos, marketing e produto. De acordo com Marcela, a expectativa é fechar o ano com 50 mil cartões ativos, além de lançar em breve novos produtos como seguros, conta-corrente e aplicação. “O que a gente quer é ser uma plataforma de serviços financeiros. A intenção não é ser um banco, mas sim ter alguns produtos que entendemos ser adequados para nosso público”, finaliza a empresária. 

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