FECHAR

Imprimir
Publicado em 07/05/2020

Fintech de empréstimo entre pessoas cria investimento automático conforme perfil (Valor Invest)

Escolher os investimentos costuma ser uma dificuldade para quem investe em outras pessoas que precisam de crédito, por meio de plataformas de empréstimo entre pessoas, também chamado de "peer to peer lending". A chance de tomar risco demais e acabar perdendo dinheiro muitas vezes assusta quem investe. Para tentar facilitar essa escolha, a Mutual, fintech desse modelo, criou uma ferramenta que indica, automaticamente, uma carteira de investimentos, de acordo com o perfil do investidor.

Por meio de um aplicativo, o Mutual Invest, o investidor preenche o seu perfil, respondendo algumas perguntas, como se fosse investir em um banco ou corretora. É o chamado "suitability".

Entre as perguntas, estão quanto a pessoa pretende investir (para um melhor nível de diversificação, o app recomenda como aplicação inicial mínima de R$ 5 mil), onde o usuário já investiu antes, se já fez algum investimento de risco e qual a renda mensal. O app também quer saber qual percentual da renda é investido atualmente, qual o prazo para resgate do dinheiro, o que o usuário prioriza ao investir e quanto aceita de risco para ter retornos maiores.

Depois de respondidas as perguntas, o investidor pode montar sua carteira por conta própria, analisando as notas de crédito de cada tomador, o motivo do empréstimo, o número de parcelas e a taxa de juros esperada, ou pode configurar sua conta para realizar o investimento automático. Nesse caso, a ferramenta seleciona e sugere os investimentos que mais combinam com o perfil daquela pessoa.

Os mais arrojados, por exemplo, emprestam dinheiro para pessoas com maior risco de inadimplência, porém têm a possibilidade de ter retornos maiores. Já os mais conservadores tendem a receber taxas mais baixas, investindo em tomadores com menor risco de inadimplência, mas o retorno é mais garantido.

Segundo a empresa, essa é uma forma do investidor diversificar melhor a carteira. E no mundo dos investimentos, mais diversificação significa menos risco, que costuma ser alto via plataformas de empréstimo entre pessoas. Por isso, as taxas costumam ser atraentes. O retorno de uma carteira diversificada pode chegar 12% ao ano, de acordo com a fintech, nada mal em tempos de taxa básica de juros, a Selic, em 3% ao ano.

"É uma forma de simplificar a execução de uma estratégia diversificada de investimento”, explica Victor Fernandes, cofundador da Mutual.

O investidor também pode acompanhar a saúde da sua carteira no aplicativo, por meio de um indicador que mostra se o volume aplicado e alocação de recursos estão de acordo com o perfil.

Para categorizar o risco de cada investimento, a plataforma usa inteligência artificial para analisar o histórico financeiro de quem está pedindo dinheiro e o quanto de crédito essa pessoa já tomou, como outras fintechs. Depois, dá uma nota de crédito para esse tomador.

Qualquer valor pode ser investido por meio da empresa. Na Mutual, o investidor empresta para outras pessoas físicas e não para empresas, como é mais comum no mercado de fintechs de empréstimo entre pessoas.

A plataforma é regulada pelo Banco Central como correspondente bancária e faz os investimentos em crédito por meio de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs). Com dois anos de operação, a plataforma fez 7 mil empréstimos e investidores emprestaram R$ 15 milhões pela fintech.

Como funciona esse investimento

Ao investir por meio de plataformas de empréstimo entre pessoas, um grupo de investidores empresta dinheiro para pessoas ou empresas em troca de rentabilidade alta. Na outra ponta, o tomador obtém crédito por uma taxa baixa em relação a outros tipos de empréstimos.

Ao escolher o tomador você faz uma espécie de reserva do investimento e aguarda a campanha fechar, até atingir o valor do empréstimo que o tomador pediu. Esse processo pode durar alguns dias. A partir daí, você paga o total a ser emprestado de uma vez e recebe seu dinheiro com juros, até o final do empréstimo. Durante esse período, o total investido não poderá ser resgatado de uma vez só.

As fintechs são apenas intermediárias do empréstimo e não assumem os riscos. Ou seja, caso o tomador atrase as parcelas do empréstimo é você não recebe o dinheiro de volta. No fim das contas, a possibilidade de ficar no prejuízo sempre existe. Apesar de ser um tipo de renda fixa, esse investimento é uma renda fixa diferente. Por isso, só deve investir nisso quem puder correr o risco de ter prejuízo para tentar conseguir retornos mais altos.

Video institucional

Cursos EAD

Fotos dos Eventos

Sobre o Sinfac-SP

O SINFAC-SP está localizado na
Rua Libero Badaró, 425 conj. 183, Centro, São Paulo, SP.
Atendemos de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.