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Publicado em 14/12/2017

Fintechs: Aplicativos e taxas menores são atrativos para novos clientes (Valor Econômico)

Em busca de agilidade e querendo se livrar de filas e do antigo call center, o administrador de empresas Haig Terzian, de 25 anos, resolveu fechar as contas que tinha no Banco do Brasil e Santander e migrou há um ano para a plataforma digital do banco Neon. "Consigo fazer tudo pelo aplicativo, sem ter que ir à agência bancária. E ainda pago a metade do preço que pagava nas operações financeiras que realizo", diz Terzian. Natural de Cuiabá, ele diz nunca ter enfrentado dificuldade com o banco e que o sistema muitas vezes funciona de forma intuitiva. "Até o rendimento de minhas aplicações financeiras é melhor do que as eu que mantinha em outro banco."

A experiência de Terzian está longe de ser isolada. Muito ligado à tecnologia e às redes sociais, Gerson Shirafuchi de Barros começou a perceber esta tendência de mercado, procurou alternativas e resolveu testar uma conta digital sem abandonar a antiga. E dentro da mesma instituição. Já que é correntista do Bradesco, gostou da ideia de ser cliente também do Next. "Baixei o aplicativo e abri a conta muito rapidamente. Acho que vai acontecer a migração integral de um banco para outro, mas quero analisar se tudo vai funcionar direitinho antes", diz Barros. Por ter atrofia na mão esquerda e a direita ser torta, o administrador de empresas de 45 anos achava, no começo, que não daria para usar as funcionalidades do aplicativo no celular. "Mas vi que era fácil. O aplicativo em si é muito rápido e intuitivo. Tiro fotos dos documentos e tudo se resolve", afirma Barros, que também mantém aplicações no novo banco. Mas o paulistano diz que o Next atende parcialmente às suas necessidades. "Por ainda estar implementando produtos e serviços, não oferece operações de câmbio, aplicações em moeda estrangeiras e home broker. Só aplicações em poupança e um fundo específico. Mas acho que é questão de tempo", afirma.

Para o professor de finanças pessoais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Samy Dana, não dá para pensar nos milleniuns sem falar em mundo digital. "Ainda mais se você usa o banco só para movimentar e pagar contas. Tende a funcionar bem", avalia. Dana afirma que as pessoas não querem mais ir ao banco. E se podem resolver on-line, melhor. Mas o economista alerta que para investimentos é preciso tomar um pouco mais de cuidado. "Ainda não mostraram credibilidade. Aí é melhor buscar uma corretora que acaba intermediando recursos de outros bancos e tem o FGC - Fundo Garantidor de crédito - que cobre até R$ 200 mil", indica.

Já o Banco Central vê o movimento de inovação no sistema financeiro como positivo tanto por parte dos bancos novatos, quanto das fintechs e dos bancos tradicionais que estão se reciclando. "O que traz ganhos de eficiência, competitividade, novos nichos de mercados e proporciona inclusão financeira", diz Otávio Damaso, diretor do BC, que explica que as regras são as mesmas para todos.

 

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