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Publicado em
14/11/2017
A tese é defendida por Rogério Castelo Branco, que ministrou, nos dias 8 e 9 de novembro, na sede do SINFAC-SP, mais uma edição do curso “Factoring para Iniciantes”. Segundo ele, é comum as empresas da área serem enxutas, o que leva as pessoas a não terem seu raio de ação limitado a uma única tarefa. “Fazem checagem, venda, prospecção, vão ao banco”.
Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, esse acúmulo de funções é positivo no entender do especialista, “pois o nível de aprendizado e responsabilidade de todos é muito grande”, observou.
Dentro desse contexto, o analista de crédito também é um gerente comercial, porque lida com o cliente todo dia. “Então, ele precisa conciliar a perspicácia do primeiro ao jogo de cintura do segundo, ou seja, tem mesmo que ser polivalente”, defendeu.
Encenação da peça “Factoring: Mitos e Verdades”, da Cia Te-Ato, fez parte do treinamento
Esse caráter multifacetado de quem trabalha no fomento comercial requer treinamento constante e pró-atividade por parte dos profissionais, não havendo o mínimo espaço para que entrem na chamada zona de conforto.
Com relação aos cursos superiores mais indicados para quem pretenda entrar no setor, o professor mencionou praticamente todos da área de humanas, com destaque para administração de empresas, economia e marketing.
“Nós temos aqui nessa turma uma moça que está se formando em tradutora e intérprete, e vem se dando muito bem trabalhando no setor. Nada impede que, no futuro, ela atue com factoring internacional”, exemplificou.
Mas nem tudo são flores no tocante à mão de obra na área. “Eu sinto um pouco de deficiência na gestão de RH estratégica do setor. Infelizmente, a gente tem um turnover muito alto. O empresário, de forma geral, é muito centralizador e retém pouco os talentos, muitas vezes por se considerar autossuficiente”, constatou Rogério.
Em compensação, ele comemora o fato de as empresas estarem investindo mais em treinamento e capacitação, sobretudo por iniciativa da nova geração de gestores que está aí.
Grande proveito
Caso típico de quem vem aplicando no factoring sua formação acadêmica é Lais Cristina, da controladoria de lastro da Continental Banco. Graduada em marketing, ela afirma se valer do que aprendeu na faculdade e de sua própria personalidade expansiva, para obter sucesso no dia a dia. “Não ter inibição ajuda nas checagens”, reconheceu.
Com relação ao curso, ela se diz satisfeita por ter visto, ao longo dos dois dias da programação, praticamente tudo que envolve a rotina de uma empresa do fomento comercial. “Vou usar bastante no meu dia a dia”, anima-se a jovem de 23 anos.
Lais Cristina e Renata de Souza
Outra participante entusiasmada era Renata de Souza, sócia da recém-criada Saint John, de Guarulhos. “Foi maravilhoso”, resumiu, referindo-se à gama de informações recebidas, inclusive da área comercial, que antes ela conhecia apenas com o enfoque do setor farmacêutico, no qual atuava.
“Cheguei aqui de uma maneira e saio de outra”, acrescentou a empresária, já pensando no próximo curso do Sindicato em que irá se inscrever. “Aprendizado nunca é demais”, justificou Renata, dizendo-se agora muito mais confiante para acompanhar seu marido na direção do negócio.
Fonte: Reperkut