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Publicado em 26/10/2017

Gestão de risco é desafio aos bancos (DCI)

Com nova regulamentação do Banco Central (BC), aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), os bancos devem focar seu gerenciamento de riscos em 2018 para a elaboração de políticas próprias de conduta, que as torne mais eficientes e resilientes, apontam especialistas ao DCI.

A Resolução 4.539/16, cujo término do prazo para adaptação ocorre em novembro, traz extensa regulação sobre normas que as cerca de 2 mil instituições em vigência no País deverão adotar, com o objetivo principal de atender melhor os clientes e evitar “ruídos” comuns a negócios envolvendo as duas partes. Entre eles, a falta de transparência em contratos mal-elaborados e a chamada ‘venda casada’, na qual o banco empurra um tipo de serviço, como seguro, para uma aprovação de crédito, por exemplo.

Posto isso, a nova Resolução indica que as instituições deverão implementar uma Política Institucional de Relacionamento com Clientes, que visa ampliar e melhorar o intermédio com os funcionários do banco, com treinamento adequado e divisão em cada função, para qualificar o relacionamento com os clientes.

De acordo com Anselmo Pereira de Araújo Netto, consultor que já foi do Departamento de Normas do Banco Central e coautor do livro “Gestão de Risco, de Conduta pelas Instituições Financeiras”, essas novas exigências não representarão grandes mudanças ante as obrigatoriedades anteriores impostas aos bancos, mas evidenciam sim uma demanda para aprimoramento.

“Não há muita novidade, essas regras novas dão maior responsabilidade para cada instituição. Existem normas muito boas sobre atendimento, e o que estamos fazendo é mantê-las e exigindo que a instituição as aprimore, melhore sua parte operacional, o que estimula seu apetite de risco. É basicamente uma sofisticação do que já existe”, explica Anselmo.

Planejamento necessário

De acordo com Anselmo, os riscos relacionados ao descumprimento vão além da perda de clientes e de possíveis ações judiciais. “O risco sistêmico é raro no brasil, mas o sistema financeiro trabalha com confiança, com a imagem, as expectativas são muito grandes, é onde você coloca seu dinheiro. Esse risco pode começar isolado mas, se espalhar por outras instituições,” argumentou o consultor.

Sobre o planejamento para 2018, Sérgio Odilon dos Anjos, também ex-BC e coautor do livro mencionado, informou recentemente que os bancos já estavam acompanhando esse processo e, quem não tiver se adequado – como observar onde estão as maiores reclamações internamente – terá que adaptar rapidamente em 2018.

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