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Publicado em 13/06/2019

Guedes confirma despedalada de R$ 3 bilhões pela Caixa (Valor Econômico)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciaram nesta quarta-feira o início da “despedalada” do banco. Guedes lembrou que a devolução de dinheiro ao Tesouro e o resgate da dívida pública já eram defendidos desde a campanha presidencial de Jair Bolsonaro. 

O movimento foi antecipado na edição desta quarta-feira pelo Valor. A devolução incialmente será de R$ 3 bilhões e, até o fim deste ano, mais R$ 17 bilhões da Caixa devem retornar ao Tesouro. Guimarães ponderou, no entanto, que essa intenção depende de questões operacionais. 

Guedes lembrou que a Caixa teve problemas de "pedaladas", o que leveou até ao envolvimento em denúncias da operação Lava-Jato. “Houve excessos com esses recursos públicos, Caixa e BNDES principalmente. Isso levou até ao impeachment de presidente”, disse. 

O ministro disse que o objetivo é utilizar o dinheiro devolvido para abater dívida pública e frisou que o dinheiro não irá para outro objetivo que não a desestatização do crédito. “Estamos removendo privilégios.” Guedes acrescentou que a Caixa está conseguindo devolver os valores ao Tesouro sem vender subsidiárias.

Durante o anúncio, Guedes aproveitou para reafirmar a importância de reduzir a dívida ao citar que a Previdência é o “buraco negro fiscal”, porém ressaltou que o segundo maior gasto público é com os juros da dívida. “Recebi a ligação do presidente da Caixa dizendo que, pela primeira vez na história, ia devolver dinheiro para abater dívida. A notícia foi muito boa e decidimos comunicar isso.”

Bancos públicos

O ministro disse que todos os bancos públicos estão com o mesmo objetivo de devolver recursos para o Tesouro Nacional. “BNDES, BB, Basa e BNB também têm instrumentos e estão trabalhando com isso”, disse Guedes. Ele explicou que não está colocando pressão nos bancos de regiões mais pobres (BNB e Basa), mas reconheceu que está cobrando os maiores.

“O único que está entregando a grana hoje é o Pedro Guimarães. É a primeira vez que a Caixa devolve. Demais bancos estão sendo apertados tentando resolver [como devolver]”, disse, após ser questionado do porquê de apenas o presidente da Caixa estar presente ao anúncio, apesar de a organização do evento ter reservado uma série de cadeiras que ficaram vazias.

Ao fim, Guedes e Guimarães se abraçaram e o ministro ainda entregou uma espécie de placa ao titular da Caixa. Na manhã desta quarta-feira, ele se reuniu com os presidentes do BB, BNDES e Caixa. Segundo o ministro, Rubem Novaes e Joaquim Levy continuavam reunidos no ministério.

O ministro fez um esclarecimento sobre a citação que fez das empresas Odebrecht e Petrobras no contexto de empréstimos que a Caixa não deveria fazer. “Citei empresas grandes com uma conotação econômica, não política. Essas empresas não precisam tomar recurso na Caixa. Esse dinheiro pode ser direcionado para milhões de pessoas”, afirmou.

Antes, Guimarães havia dito que a Caixa reduziu empréstimos para grandes empresas, o que deve gerar folga de capital. Nesse momento ele foi interrompido por Guedes: “Grandes empresas como Odebrecht, Petrobras. É para isso que temos bancos públicos? Não, é para levar para regiões mais pobres, renegociar dívida dos pequenos. A Caixa é o banco do povo”, disse.

 

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