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Publicado em 28/04/2020

Guimarães admite ampliar prazo de adiamento de prestações a clientes (Valor Econômico)

A Caixa já disponibilizou R$ 154 bilhões em linhas de crédito para o combate à crise e possibilitou um período de adiamento de prestações de três meses, afirmou o presidente do banco, Pedro Guimarães, em “live” promovida pelo Valor. “Existem R$ 154 bilhões de dinheiro novo e as pausas [no pagamento dos empréstimos]. As pausas, como não são dinheiro novo, é outra estatística.”

“É muito importante [a pausa nos financiamentos], se tiver necessidade [de subir] para quatro, cinco meses, o faremos.” Conforme Guimarães, 1,85 milhão de pessoas pausaram por três meses o crédito imobiliário, por meio do aplicativo do banco.

De acordo com o presidente da Caixa, se forem considerados os R$ 7,5 bilhões que vão compor o apoio ao microcrédito, as medidas emergenciais do banco já somam R$ 161 bilhões.

Guimarães destacou que é possível aumentar a carteira de crédito dependendo da demanda do mercado. "Neste momento de crise, temos tranquilidade de comprar carteiras, ampliar oferta de capital de giro", disse.

Segundo o executivo, "só na construção civil, mais de 1,2 milhão de empregos foram mantidos como contrapartida desse crédito que oferecemos". Guimarães ressaltou que o foco do banco tem sido voltado a empresas de menor porte.

"No microcrédito, por exemplo, com R$ 7,5 bilhões conseguimos atingir centenas de milhares de empresas, enquanto uma só operação de empresa grande já toma R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões."

O presidente do banco disse acreditar ser tranquilo acomodar uma expansão da carteira de crédito da Caixa, que conta hoje com estoque de R$ 700 bilhões. "Não é problema expandirmos, até porque reduzimos no ano passado entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões. Mas só faremos crédito com sentido matemático."

A oferta de crédito a grandes empresas é um "nicho para outros bancos, não para Caixa". O banco estatal também foca, segundo Guimarães, em financiamento à infraestrutura. "A Caixa é uma grande parceria de empresas de infraestrutura, de saneamento", pontuou.

Segundo Guimarães, a Caixa só vai ter mais clareza sobre um aumento de provisões para operações de crédito em alguns meses. "Inclusive, nos primeiros seis meses, o Banco Central permitiu que não houvesse mudança de provisionamento", ressaltou.

Conforme o presidente da Caixa, "realizaremos provisões antes, porque faremos apenas aquilo que é correto matematicamente". Guimarães, porém, evitou confirmar se apareceria um volume maior de provisões nos resultados do primeiro trimestre que ainda serão divulgados. "Não posso dizer isso..., mas nosso resultado continua muito forte", afirmou.

Ele mencionou os segmentos de seguro e cartões, que não têm risco de crédito, além de pouco comprometimento de capital. "Em todos esses segmentos, a gente vinha ganhando mercado, o que significa que temos resultado mais consistente e menos afetado pela crise."

A Caixa, apontou o executivo, tem aumentado a carteira de crédito, mas com rentabilidade. "O banco conseguiu se capitalizar, teve aumento de patrimônio líquido e volume de liquidez e recursos em caixa muito grandes. Chega com maior índice de Basileia entre os maiores bancos. Como consequência, podemos agir de maneira focada."

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