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Publicado em 01/11/2017

Intenção de contratar é maior que a de demitir (DCI)

O número de empresas do setor de serviços com intenção de contratar funcionários (16,5%) ultrapassou aquelas que devem diminuir o quadro (14,5%) em outubro, revelou o Índice de Confiança de Serviços (ICS) medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em outubro, o nível de confiança das empresas prestadoras saltou 2,2 pontos para 87,8 pontos – ou a maior pontuação desde de outubro de 2014. Ainda que o humor do setor não tenha se recuperado totalmente (só há otimismo quando superada a barreira dos 100 pontos), o aumento na sondagem reflete um início de recuperação para o setor durante o último trimestre deste ano.

“O movimento continua discreto, mas indica uma reação consistente”, assinalou o consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV /Ibre), Silvio Sales, lembrando que este foi o quarto mês consecutivo de melhora no índice. “O que destacamos em outubro é a qualidade do sinal positivo, fruto de um movimento muito generalizado. Os dois componentes [do indicador] cresceram: a percepção presente e a futura”, completou Sales. O Índice de Situação Atual avançou 2,3 pontos em outubro (para 83,8 pontos) e o de Expectativas, 2,1 (para 92 pontos).

Dos nove setores acompanhados pelo ICS, apenas quatro – alojamento, transporte rodoviário, atividades administrativas e as chamadas ‘outras atividades’ – não apresentaram melhora na confiança durante o mês encerrado ontem.

Outros fatores

Do ponto de vista da mão de obra, foi a primeira vez em 34 meses que o Índice de Tendência de Emprego do setor ultrapassou a barreira dos 100 pontos (fechando outubro em 101,3) – ou seja, com mais empresas querendo contratar do que pensando em demitir.

O movimento de recuperação também foi percebido na medição do nível de utilização da capacidade instalada (ou NUCI), que subiu um ponto percentual e meio em outubro, para 83%, após queda de 0,6 pontos percentuais em setembro. Neste caso, doze dos treze setores ouvidos indicaram aumento. Já o indicador de desconforto no setor de serviços – que é calculado a partir de fatores “limitantes” como a demanda insuficiente, a taxa de juros e problemas financeiros – atingiu o menor patamar de 2017 ao alcançar 70,5 pontos em escala que vai até 100. Em maio o nível de desconforto havia batido os 78,2 pontos.

Ao DCI, Sales indicou que tal nível de desconforto ainda é grande, mas lembrou que os valores são significativos por serem declinantes. “Estamos passando progressivamente para um quadro favorável”, indicou o consultor.

Descolamento

Sales também comentou o cenário de descolamento entre expectativa e atividade percebida nos últimos doze meses. “Nos primeiros meses do ano a confiança do empresário mostrava reação, mas os indicadores não”, pontuou o especialista da FGV, em referência ao momento de câmbio no comando do governo federal, responsável por um aumento nas expectativas que não se confirmou de maneira imediata. “Agora [esse descolamento] está reduzindo. De seis meses para cá as expectativas retiveram e a situação corrente reagiu, então os dois voltaram a ficar colados”.

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