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Publicado em 23/07/2020

Liber Capital compra 60% da Adianta, fintech de antecipação de recebíveis (CNN Brasil)

Nesta quinta-feira (23), a Liber Capital, fintech de crédito especializada em antecipação de recebíveis, anunciou a compra de 60% da Adianta, startup que atua no mesmo segmento. Com a aquisição, a companhia, que já cresceu 1000% em 2020, ao movimentar R$ 3 bilhões no primeiro semestre, dá mais um passo para atender todas as pontas desse mercado.

Com dois modelos distintos (e complementares) de operação, as duas empresas agora vão poder suprir de forma mais integral a demanda de seus clientes. Enquanto a Liber permanece focada na triangulação entre a companhia dona do crédito, sustentando as cadeias de fornecedores, a Adianta deve seguir fornecendo capital de giro para pequenas e médias empresas.

“Há muito tempo já existe essa demanda dos fornecedores que atendemos para antecipar duplicatas de outros clientes deles. Sempre tivemos que recusar isso, o que representava uma perda de oportunidade de negócio, mas também era problemático porque não conseguíamos atender nosso cliente de forma completa”, explica Victor Morandini Stabile, CEO e cofundador da Liber Capital.

No modelo em que a Liber opera, só é possível antecipar os recebíveis detidos contra empresas conveniadas, o que corresponde a menos de 20% do contas a receber dos clientes. Agora, com a compra da Adianta, essa participação de mercado se amplia.

Sem revelar os valores da transação, as companhias afirmam que uma parte do aporte foi usada para atender à tabela de capitalização, ou seja, pagar antigos investidores da Adianta. Mas uma outra parte do montante deve ser destinado à manutenção da plataforma. 

“A ideia é fortalecer o crescimento da nossa linha de originação, seja de clientes vindos dessa nova base da Liber ou através de parcerias. Já estávamos integrado com alguns RPs do mercado e quer ganhar mais capilaridade nesse sentido”, comenta o CEO da Adianta, Marco Camhaji.

A princípio, as empresas devem seguir operando de forma separada, mas uma fusão é considerada para o médio prazo, um período de dois anos. Por enquanto, conforme afirmam os diretores, o foco é aproveitar a explosão da demanda, como efeito da crise do coronavírus, para amplificar o crescimento.

Com a aquisição formalizada num momento árido, Stabile admite que houve um momento de preocupação, mas garante que a rápida recuperação do mercado trouxe confiança para a conclusão do negócio.

“Tínhamos uma preocupação, pela incerteza, principalmente nos primeiros meses. Mas conseguimos navegar bem e passar por esse momento sem inadimplência”, conta o CEO.

Para o CEO da Adianta, a ação das autoridades responsáveis amaciou a queda, mas a conta ainda pode chegar. Como a CVM autorizou a prorrogação do prazo de FIDCs em 60 dias, sem que isso interferisse na avaliação dos fundos, pode ser que o impacto se mostre maior num futuro próximo.

Enquanto isso, as companhias protegem o próprio caixa. “Começamos a ser um pouco mais duros em relação ao crédito, a olhar com mais cuidado para as operações, e reduzimos alguns limites. Esse foi um movimento geral, especialmente quando falamos de FIDCs”, afirma Camhaji.

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